O Conselho de Ética da Câmara dos Deputados abriu, nesta quarta-feira (4), um processo disciplinar contra o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) para apurar os ataques feitos pelo parlamentar à jornalista Míriam Leitão.
Eduardo Bolsonaro fez referência à tortura sofrida por Míriam em uma postagem no Twitter, que dizia: “ainda com pena da [e acrescentou um emoji de cobra]”. A publicação foi feita após a jornalista publicar um artigo com críticas ao presidente Jair Bolsonaro (PL). Míriam Leitão foi presa e torturada durante a ditadura militar, e durante uma das sessões de tortura, foi deixada nua em uma sala escura com uma cobra. Na época, a jornalista estava grávida.
Após a postagem do parlamentar, os partidos PT, PSol, PCdoB e Rede, moveram representações no Conselho de Ética pedindo a cassação do deputado. Os pedidos originaram a instauração do processo desta quarta. Eduardo Bolsonaro não participou da reunião do Conselho. Os deputados Mauro Lopes (PP-MG), Pinheirinho (PP-MG) e Vanda Milani (Pros-AC) foram sorteados como potenciais relatores do caso.