O ex-ministro Paulo Bernardo foi preso nesta quinta-feira (23) na 31ª fase da operação Lava Jato, batizada de “Custo Brasil”. Ele e sua esposa, a senadora Gleise Hoffmann (PT-PR) foram indiciados ao fim do inquérito que investigava se o dinheiro desviado da Petrobras abasteceu a campanha da congressista em 2010. Bernardo foi preso no apartamento funcional de Gleisi em Brasília e será encaminhado a São Paulo. A PF diz ter indícios suficientes contra Gleisi e Bernardo de envolvimento em crime de corrupção e aponta que a campanha recebeu R$ 1 milhão. Um novo delator, Antonio Carlos Pieruccini, relatou que transportou a quantia em espécie, de São Paulo para Curitiba, em quatro viagens e que entregou a Ernesto Kugler, empresário que seria próximo de Gleisi. As entregas eram feitas na casa de Kugler e em empresas da qual ele é sócio. A PF apurou que o empresário e o então tesoureiro da campanha, Ronaldo da Silva Baltazar, conversaram ao menos 25 vezes por telefone. Ainda com o relatório da PF, ao qual a TV Globo teve acesso, o suposto pedido de dinheiro para a campanha de Gleisi teria sido feito ao ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa enquanto Paulo Bernardo ainda era ministro do Planejamento do governo Lula. O motivo seria porque o ex-ministro teria conhecimento do esquema de desvios na Petrobras.