Com a Amazônia sofrendo recordes de destruição nos últimos anos, o Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD) mostrou que foram desflorestados 10.781 km² do bioma nos últimos 12 meses, sendo a maior área dos últimos 15 anos. Os dados divulgados apontam um aumento de 3% da área desmatada em relação ao relatório anterior.
Neste ano, a maioria do desmatamento ocorreu em áreas privadas ou sob algum tipo de posse, o desflorestamento da Amazônia nesta categoria representa 62% do total. O restante do desmatamento foi registrado em Assentamentos (25%), Unidades de Conservação (11%) e Terras Indígenas (2%).
“Como vemos, as áreas protegidas conseguem se manter com um índice bem menor de desmatamento, se comparadas a outras áreas, apesar de sofrerem cada vez mais pressão. Isso ressalta a importância de apoiar a proteção e gestão dessas áreas, das comunidades e modos de vida local e negócios associados à floresta em pé”, afirmou a coordenadora do Legado Integrado da Região Amazônica (LIRA), Neluce Soares.
No ano passado, em comparação com 2020, o desmatamento no Brasil avançou cerca de 20%, desmatando em 16.5 km² em 12 meses, segundo dados do Relatório Anual do Desmatamento no Brasil