No Nordeste vive um em cada quatro eleitores brasileiros, e é essa região que se tornou palco principal da disputa entre os presidenciáveis Fernando Haddad (PT) e Ciro Gomes (PDT) pelo espólio lulista e, consequentemente, por uma vaga no segundo turno na disputa presidencial. Enquanto o candidato do PT conta com a transferência de votos do ex-presidente Lula (PT), a campanha de Ciro acredita que poderá frear essa transmissão. Segundo informações da Agência Estado, o principal trunfo de Ciro é o forte apoio de que desfruta no Ceará. Seu crescimento vinha sendo impulsionado principalmente pelo desempenho no Nordeste. Todavia, desde que foi oficializada a candidatura de Haddad pelo PT, o petista alcançou índices que o deixam em empate técnico no segundo lugar com adversários.
Conforme o Ibope mais recente, divulgado na terça-feira, 38% dos nordestinos afirmaram que votariam “com certeza” em Haddad ao ser informados de que ele tem o apoio do ex-presidente. Naquele momento, o petista tinha 13% das preferências no Nordeste, ante 18% de Ciro. O Nordeste possui pouco mais de 39 milhões de eleitores, o que representa 26,6% do total no País. Disputa – No Nordeste, PDT e PT caminham juntos em Alagoas, Ceará, Bahia, Maranhão e Paraíba. O arranjos locais, contudo, representam obstáculos nas táticas de disputa entre Haddad e Ciro por votos nordestinos. No estado baiano, um dos poucos Estados nordestinos onde Ciro ainda não visitou durante a campanha eleitoral deste ano, o PDT está na base do governador Rui Costa (PT), que tenta a reeleição. Nesse caso, Haddad é quem leva vantagem sobre Ciro, porque o governador está afinado com a estratégia nacional do PT. Os pedetistas ocupam duas secretarias na administração estadual: Agricultura, Pecuária, Irrigação, Pesca e Aquicultura e Administração Penitenciária e Ressocialização. Nos materiais de campanha e na propaganda eleitoral no rádio e na TV, candidatos a deputado estadual e deputado federal do PDT baiano têm exibido a imagem de Ciro.