Dois vereadores de Inhumas, na região metropolitana da capital goiana, foram suspensos das atividades parlamentares, por decisão judicial, após se tonarem alvo de investigação contra suposto esquema de “rachadinha” na câmara municipal. Segundo a Polícia Civil de Goiás, os dois atuavam com um possível laranja.
Os três suspeitos foram alvo de operação deflagrada, na quinta-feira (18), pela Polícia Civil. Os nomes deles não foram divulgados pela equipe de investigação.
A polícia cumpriu cinco mandados de busca e apreensão nas residências dos vereadores e em seus gabinetes na Câmara Municipal de Inhumas, depois de o Judiciário autorizar a quebra de sigilo fiscal e bancário deles, assim como o seu afastamento da função pública.
Durante a operação, segundo a polícia, foram apreendidos computadores, celulares, documentos e cerca de R$ 10 mil em dinheiro.
De acordo com a investigação, um dos vereadores teria empossado no cargo um assessor parlamentar, mas exigiu dele o repasse de R$ 900 todo mês. Segundo a polícia, essa vantagem indevida equivale à metade do valor que o funcionário recebia no cargo comissionado.
Ainda segundo a investigação, o dinheiro foi transferido para a conta de um laranja, um terceiro que tem ligação com um dos vereadores investigados. O esquema, de acordo com a polícia, também era operado pelo segundo parlamentar.
A polícia informou que os três suspeitos respondem, em liberdade, a inquérito que investiga crimes de concussão, corrupção ativa e corrupção passiva. A Câmara Municipal de Inhumas não se manifestou sobre o caso.