Ao menos 14 pessoas morreram e várias ficaram feridas em um terremoto de magnitude 6,8 que atingiu principalmente o sul de Equador e o Peru. A presidência do Equador informou que 13 pessoas morreram em consequência do tremor e que “há feridos que estão sendo atendidos nos hospitais”, mas não soube quantificar. Na cidade peruana de Tumbes, na fronteira com Equador, uma menina de quatro anos morreu.
O abalo foi sentido com mais força no sul do Equador. Uma das cidades mais atingidas foi Cuenca, conforme a Folha de São Paulo. “Peço a todos que tenham calma e se informem pelos canais oficiais”, disse o presidente do Equador, Guillermo Lasso, pelo Twitter. O sismo atingiu a costa norte e o centro do Peru, com menor intensidade. Em Tumbes, o tremor deixou 46 feridos e 12 casas danificadas.
Em um comunicado, o governo do Chile manifestou “solidariedade” às vítimas e afirmou que, até o momento, não havia vítimas do terremoto no Chile. O terremoto devastador de 2016 ainda está vivo na memória dos equatorianos. O tremor de magnitude 7,8 deixou 673 mortos e destruiu cidades, com um prejuízo de cerca de US$ 3,3 bilhões.
O Instituto Oceanográfico das Forças Armadas do Peru assegurou que o tremor “não reúne as condições necessárias para gerar um tsunami”.
Um forte temporal atingiu Petrópolis, cidade da região serrana do Rio de Janeiro, na tarde desta terça-feira (15), causando inundações, enxurradas e deslizamentos. Ao menos 34 pessoas morreram, segundo a Defesa Civil. A previsão é de mais chuva nos próximos dias.
Os bombeiros foram chamados para dezenas de atendimentos no município, e ao menos 180 militares estão no local. Foram seis horas de chuva. Há áreas em que o socorro ainda não conseguiu chegar, devido à situação caótica da cidade. A Defesa Civil Estadual também está trabalhando em apoio às vítimas.
Vídeos que circulam nas redes sociais mostram carros sendo arrastados pela correnteza e grandes deslizamentos. Na região do Morro da Oficina, onde ocorreram desmoronamentos, crianças foram retiradas sujas de lama de uma escola.
A prefeitura decretou estado de calamidade pública. Até o meio da madrugada, haviam sido registradas 203 ocorrências, sendo 167 deslizamentos. Também ocorreram alagamentos e quedas de árvores. Os bairros mais atingidos são Centro, Quitandinha, Caxambu, Alto da Serra, Coronel Veiga, Duarte da Silveira, Floresta, Caxambu e Chácara Flora.
Moradores relatam que, após o temporal, encontraram um cenário de guerra nas ruas de Petrópolis, com muita lama, imóveis alagados e carros tombados. Corpos foram retirados das ruas durante a madrugada desta quarta-feira (16), na região central, depois que o nível da água baixou.
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O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) anunciou que abriu um inquérito civil para apurar a conduta do município de Capitólio (MG) na tragédia que levou 10 pessoas à morte. O episódio ocorreu no último sábado (8) após o deslizamento de uma rocha do cânion do Lago de Furnas, uma das principais atrações turísticas da região.
O bloco de pedra despencou por volta de 12h30 no local onde estavam lanchas que transportavam dezenas de turistas. Logo depois do ocorrido, imagens gravadas por quem estava em embarcações menos afetadas se disseminaram pelas redes sociais.
De acordo com o MPMG, será apurado se a prefeitura cumpriu obrigações de identificação, mapeamento e fiscalização das áreas de risco. Os promotores também querem saber se a população estava suficientemente informada sobre os riscos dessas áreas.
Será o terceiro inquérito aberto. Outra investigação já está em andamento pela Marinha, responsável por fiscalizar a navegação e estabelecer o ordenamento da orla nos cursos d ́água. Responsabilidades serão apuradas ainda pela Polícia Civil, que pretende recorrer ao auxílio de peritos em geologia.
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O número de pessoas atingidas pelas chuvas em diversas regiões da Bahia não para de crescer. Segundo a Superintendência de Proteção e Defesa Civil da Bahia (Sudec), até a tarde de quarta-feira (5), a quantidade de atingidos passou para 815.597. Um dia antes era de 796.882 pessoas. Apesar disso, houve redução de desabrigados, que passou de 29.243 para 28.224, e também de desalojados de 73.518 para 73.032. Até o momento foram registrados 26 mortos e 520 feridos.
De acordo com a Sudec, as informações foram recebidas pelas prefeituras e os números correspondem às ocorrências registradas em 174 municípios afetados. É importante destacar que, desse total, 163 estão com decreto de situação de emergência. Os seis últimos que decretaram foram: Aiquara, Barro Alto, Bom Jesus da Serra, Brumado, Itamari e Nova Itarana.
As localidades com vítimas fatais são: Amargosa (2), Itaberaba (2), Itamaraju (4), Jucuruçu (3), Macarani (1), Prado (2), Ruy Barbosa (1), Itapetinga (1), Ilhéus (3), Aurelino Leal (1), Itabuna (2), São Félix do Coribe (2), Ubaitaba (1) e Belo Campo (1).
O número de mortes em decorrência das chuvas na Bahia subiu para 24 nesta quarta-feira (29), de acordo com dados da Defesa Civil do Estado. As enchentes ainda deixaram 37.324 desabrigados, 53.934 desalojados e 434 feridos. O número total de atingidos chega a 629.398 pessoas.
Os três novos óbitos confirmados foram de um homem, morador de Ubaitaba, atropelado por um motorista que perdeu a visibilidade por causa das chuvas; e de um casal, que teve o carro arrastado pela enxurrada, em São Félix do Coribe.
Os municípios com vítimas fatais são Amargosa (2), Itaberaba (2), Itamaraju (4), Jucuruçu (3), Macarani (1), Prado (2), Ruy Barbosa (1), Itapetinga (1), Ilhéus (2), Aurelino Leal (1), Itabuna (2), São Félix do Coribe (2) e Ubaitaba (1).
Os números correspondem às ocorrências registradas em 141 municípios afetados. Desse total, 132 estão em situação de emergência reconhecida pelo governo do estado.
O Ministério Público estadual está arrecadando donativos para ajudar a população dos municípios afetados pelos temporais que atingem a Bahia neste mês de dezembro, principalmente a regiões do extremo-sul e sudoeste baiano.
Doações de alimentos não-perecíveis, material de higiene pessoal e roupas podem ser realizadas nas sedes do Centro Administrativo da Bahia (CAB) e do bairro de Nazaré, em Salvador, e nas sedes das regionais localizadas no interior do estado.
O material arrecadado será entregue ao Corpo de Bombeiros e a outros órgãos estaduais que estão realizando a distribuição dos donativos.
O endereço das sedes em Salvador e das Promotorias Regionais pode ser consultado no site do MP (acesse aqui). Outras informações estão sendo prestadas pelo Disque 127.
Veja que em quais municípios estão localizadas nossas sedes regionais:
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Uma comunidade ribeirinha em Porto Seguro, na Costa do Descobrimento, ficou encoberta devido ao volume de chuvas recebido no Rio Buranhém. Segundo o TAB UOL, cerca de 300 pessoas que vivem na margem do Rio, sobretudo na chamada Ilha do Macaco, tiveram de deixar suas casas.
A situação ficou dramática no último domingo (12). Um dos moradores ouvidos pela reportagem, Edvaldo da Costa, contou que nunca viu o rio subir daquele jeito. Quando percebeu que a água tomava a casa, ele abandonou o imóvel. Junto com a esposa, conseguiu tirar roupas, um colchão, documentos e seis cachorros.
Após as chuvas causadas pelo ciclone extratropical que atingiu o extremo sul baiano e o Nordeste de Minas Gerais, todas as pessoas tiveram que deixar as casas. A água subiu em torno de 4 metros em quase 5 horas.
Porto Seguro não está entre as cidades mais afetadas pelas chuvas na Bahia. No entanto, como é foz do Rio Buranhém que nasce em Minas Gerais onde ocorreram também fortes chuvas, o estuário teve o volume aumentado, o que afetou a cidade baiana.
O governador da Bahia, Rui Costa (PT), se solidarizou com a equipe de reportagem da TV Bahia que foi agredida por seguranças de Jair Bolsonaro (PL), neste domingo (12), em Itamaraju, Extremo Sul do estado.
“Minha solidariedade à equipe de reportagem da Rede Globo, que foi agredida e impedida de realizar a cobertura jornalística durante carreata com o presidente em Itamaraju, na Bahia”, disse o governador, sem citar a equipe da TV Aratu, que também teria sido agredida durante a visita do presidente da República.
Rui repudiou as agressões à imprensa e o que chamou de “oportunismo” bolsonarista diante da tragédia no interior da Bahia.
“A liberdade de imprensa é pilar fundamental da democracia e qualquer ataque ao jornalismo merece repúdio. O momento é de trabalho e solidariedade no Extremo Sul. Repudio violência contra a imprensa e oportunismo num momento de dor diante de uma tragédia. Vamos trabalhar”, finalizou o petista.
O prefeito de Itamaraju, Marcelo Angenica (PSDB), afirmou que cerca de 150 casas foram destruídas pelas fortes chuvas que atingiram a cidade nos últimos dias e, por isso, o município terá um prejuízo de R$ 40 milhões a R$ 50 milhões. As informações são do portal G1.
“A gente está tendo todo o apoio necessário. O prejuízo foi grande e a gente precisa recuperar nossa cidade. A gente calcula um prejuízo de R$ 40 a R$ 50 milhões, perdemos três vidas humanas, que a gente lamenta muito, foram duas crianças e um adulto. Temos entre 100 e 150 casas destruídas, que precisam ser recuperadas, além de estrada”, declarou o prefeito.
Três pessoas morreram em decorrência da chuva em Itamaraju, depois que um barranco deslizou e atingiu seis residências. As vítimas – duas crianças, de 4 e 9 anos, e o tio delas, um jovem de 26 – estavam em casa quando foram atingidos pela lama e pelos escombros.