O Papa Leão 14 aproveitou o sábado (10) para prestar homenagens no túmulo de seu antecessor, o papa Francisco. O pontífice fez sua primeira viagem para fora do Vaticano, em local a cerca de uma hora a leste de Roma.
O novo papa acenou do lado do passageiro de um Volkswagen ao chegar à Basílica de Santa Maria Maior, em Roma. Leão 14 caminhou lentamente até o túmulo de Francisco, depositando nele uma flor branca. Ele se ajoelhou em oração por alguns momentos.
Em sua passagem, o papa apertou as mãos e ofereceu bênçãos a algumas pessoas na multidão antes de entrar no santuário. No final da visita, ele disse aos presentes no santuário que queria ir rezar pedindo orientação nos primeiros dias de seu papado, de acordo com uma declaração do Vaticano.
Dom Sérgio da Rocha afirmou nesta sexta-feira (9), em entrevista concedida ao lado dos demais cardeais brasileiros que participaram do conclave, que o Papa Leão XIV tem profundo apreço pela América Latina e demonstrou grande carinho pelo Brasil.
“Temos um papa que foi bispo na América Latina. Embora sua origem americana esteja sendo muito destacada, é importante lembrar que seu ministério episcopal se deu no Peru. É alguém que traz no coração a própria América Latina”, declarou Dom Sérgio.
O cardeal contou que conviveu com Leão XIV no Dicastério dos Bispos e destacou seu jeito “simples, fraterno, acolhedor e sempre muito atento”.
“[Leão XIV] era um pastor sensível às necessidades do nosso povo, muito próximo ao papa Francisco e, na minha visão, em sintonia com a caminhada da Igreja na América Latina”, acrescentou.
Em outro momento da entrevista, Dom Sérgio afirmou que o novo pontífice tem amplo conhecimento sobre a realidade da Igreja Católica no mundo e o descreveu como um “missionário em um momento em que a Igreja deseja ser cada vez mais missionária”.
Por fim, o cardeal mencionou que há uma previsão de que o papa presida uma missa no Santuário do Senhor do Bonfim, em Salvador, durante a visita que deve fazer ao Brasil ainda este ano.
A fumaça branca que subiu da chaminé no alto da Capela Sistina, no Vaticano, às 13h10 (horário de Brasília) desta quinta-feira (8), assinalou a escolha do cardeal Robert Prevost como sucessor de Francisco. Após dois dias de Conclave, os 133 cardeais conferiram ao americano, de 69 anos, o título de Leão XIV.
Natural de Chicago, Prevost dedicou grande parte de sua trajetória como missionário no Peru, tornando-se até então um nome pouco conhecido fora da Igreja. Criado cardeal por Francisco em 2023, raramente concede entrevistas e evita pronunciamentos públicos.
Seu temperamento sereno e o apoio consistente ao pontificado de 12 anos de Francisco — especialmente no que tange à justiça social — chamaram a atenção de seus pares. Entre 2015 e 2023, ele exerceu o cargo de bispo em Chiclayo, no noroeste do Peru.
Em 2023, foi chamado a Roma pelo próprio Francisco para comandar o departamento vaticano responsável por selecionar quais padres seriam nomeados bispos ao redor do mundo, participando diretamente da composição de grande parte do episcopado global.
A Arquidiocese de Brasília compartilhou uma foto dos cardeais brasileiros que viajaram à Roma para acompanhar o funeral do papa Francisco. Dos oito cardeais que estão no Vaticano, sete estão aptos para participar do Conclave, cerimônia que define o próximo líder da Igreja Católica. A imagem foi publicada no perfil da Arquidiocese no Instagram, no sábado (26).
“O arcebispo de Brasília, Cardeal Paulo Cezar Costa, junto com os demais cardeais brasileiros, permanece em Roma para os próximos dias de homenagem ao Papa Francisco. Unidos em oração, também se preparam para o Conclave, confiando na luz e na condução do Espírito Santo”, diz o texto da postagem.
Em Roma, estão os cardeais: dom Paulo Cezar Costa (Arquidiocese de Brasília); dom Leonardo Steiner (de Manaus); dom Odilo Pedro Scherer (de São Paulo); dom Jaime Spengler (de Porto Alegre); dom Raymundo Damasceno (arcebispo emérito de Aparecida – SP); dom Sérgio da Rocha (de Salvador); e dom Orani João Tempesta (do Rio de Janeiro).
A Igreja Católica iniciou, no sábado, o período de nove dias de luto após o sepultamento do papa Francisco, na Basílica de Santa Maria Maggiore, em Roma. A escolha do próximo pontífice deve começar após 5 de maio. Cerca de 135 cardeais estarão na votação.
A fila para entrar na basílica São Pedro e ver o caixão do papa Francisco durava cerca de 3 horas por volta das 9h de Brasília (começo da tarde na Itália), segundo o jornal Folha de S. Paulo. O pontífice morreu na segunda-feira (21), aos 88 anos.
Do lado de fora, a concentração de pessoas dava uma volta na praça, cuja colunata tem diâmetro de 240 m. Debaixo do sol e em uma temperatura pouco acima dos 20 graus, muitos se protegiam com guarda-chuvas. Pessoas com deficiência de mobilidade têm acesso facilitado.
Por dentro, o amontado de fiéis, religiosos e turistas dava passos lentos para se aproximar do caixão de Francisco. Diante do papa, os seguranças consentem poucos segundos e pedem para que as pessoas não se detenham.
Jorge Mario Bergoglio, o papa Francisco, morreu nesta segunda-feira (21), às 2h35 pelo horário de Brasília. O pontífice argentino tinha 88 anos de idade e ocupou o cargo máximo da Igreja Católica por 12 anos. As informações foram confirmadas por meio de um comunicado oficial divulgado pelo Vaticano.
“O Bispo de Roma, Francisco, retornou à casa do Pai. Toda a sua vida foi dedicada ao serviço do Senhor e de Sua Igreja. Ele nos ensinou a viver os valores do Evangelho com fidelidade, coragem e amor universal, especialmente em favor dos mais pobres e marginalizados. Com imensa gratidão por seu exemplo como verdadeiro discípulo do Senhor Jesus, recomendamos a alma do Papa Francisco ao infinito amor misericordioso do Deus Trino”, diz comunicado oficial.
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Milhares de católicos se reuniram na Praça de São Pedro, no Vaticano, neste Domingo de Páscoa, na expectativa de ver o Papa Francisco, que ainda se recupera de uma pneumonia bilateral e deixou o hospital há menos de um mês.
O Papa, de 88 anos, apareceu na sacada da Basílica de São Pedro, acenou para os fiéis e desejou “Boa Páscoa”. Com a voz fraca, falou brevemente e passou o microfone a um colaborador.
A aparição durou pouco mais de 20 minutos e terminou com uma bênção. Em seguida, Francisco surpreendeu os presentes ao dar uma volta na praça a bordo do papamóvel.
Perguntado sobre como vivia a Páscoa deste ano, respondeu com a voz ofegante: “Estou vivendo da melhor maneira possível”. O Pontífice deve manter repouso absoluto por dois meses.
O papa Francisco fez uma aparição neste domingo (13) na Praça de São Pedro, durante as celebrações do Domingo de Ramos, que abrem a Semana Santa no calendário católico.
O pontífice, que havia deixado o hospital há três semanas após tratamento por uma infecção respiratória, apareceu em cadeira de rodas e sem respiradores nasais de oxigênio. Ele saudou os fiéis reunidos na praça, desejando um bom Domingo de Ramos e uma boa Semana Santa.
A presença de Francisco não havia sido confirmada pela Igreja Católica, já que médicos recomendaram dois meses de repouso para sua plena recuperação. O pontífice ficou mais de um mês internado devido à infecção.
No sábado (12), o papa visitou a Basílica de Santa Maria Maior, em Roma, para prestar homenagem a Nossa Senhora antes das celebrações da Semana Santa — período mais intenso do ano para a Igreja Católica, que recorda a paixão, morte e ressurreição de Jesus Cristo.
Na quarta-feira (9), Francisco também recebeu o rei Charles III e a rainha Camilla, do Reino Unido. Em nota, o Palácio de Buckingham afirmou que ambos “estavam encantados que o papa estivesse bem o suficiente para recebê-los”.
O Papa Francisco apresentou “leve melhora”, conforme boletim médico divulgado nesta sexta-feira (4), o que pode possibilitar uma aparição pública neste domingo (6).
“A situação do Papa apresenta um progresso do ponto de vista respiratório, motor e no uso da voz. Novos exames de sangue registram uma leve melhora nos indicadores infecciosos. Prosseguem os tratamentos farmacológicos, motores e respiratórios.
A oxigenação também diminuiu ligeiramente: durante o dia, administração normal; à noite, quando necessário, administração de alto fluxo com cânulas”, informou o Vaticano.
O pontífice apareceu publicamente a última vez quando deixou Hospital Gemelli, em 23 de março. O próximo domingo é tradicionalmente realizada a oração do Angelus, de uma das janelas do palácio apostólico com vista para a praça de São Pedro. A expectativa inicial era de que Francisco voltasse a fazer a oração no dia 20 de abril, domingo de Páscoa.
O Vaticano divulgou, na tarde deste domingo (16), a primeira foto do papa Francisco desde sua hospitalização, em fevereiro. No clique, o pontífice de 88 anos é visto sentado diante do altar de sua capela privada no Hospital Gemelli, em Roma, na Itália.
No boletim, o Vaticano informou que o papa concelebrou a santa missa na capela do apartamento do décimo andar da unidade de saúde. “Esta manhã, o papa Francisco concelebrou a santa missa na capela do apartamento do décimo andar do policlínico Gemelli”, explicou a instituição.
Francisco também aproveitou a melhora em seu quadro clínico para deixar uma mensagem de fé para os fiéis. “Estou passando por um momento de provação. Nosso corpo está frágil, mas, mesmo assim, nada pode nos impedir de amar, rezar, nos doar e estar presentes uns para os outros”, afirmou.
Francisco está internado desde o último dia 14 de fevereiro. Ele trata de uma pneumonia bilateral, condição que afeta ambos os pulmões. O pontífice deve seguir com o tratamento no hospital, embora o último boletim médico, divulgado na noite de sábado, tenha indicado que seu estado de saúde permanece “estável” e que ele apresenta uma “melhoria gradual”.