O Hospital da Restauração, no Recife, confirmou o primeiro caso brasileiro de miosite aguda causado pelo vírus chikungunya. Danielle Santana, de 17 anos, da aldeia indígena pernambucana de Xucururu, foi a primeira pessoa morta em decorrência da miosite no Brasil. Segundo a equipe médica do hospital, só há registro de mais quatro casos de miosite ligada à chikungunya em todo o mundo, sendo que dois dos pacientes morreram. A febre chikungunya é transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, mesmo vetor do Zika e da dengue. O infectologista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical Dalcy Albuquerque explica que a miosite é uma grande inflamação nos músculos, que pode ser uma reação autoimune do organismo a alguns tipos de vírus e bactérias. “Quando a pessoa está doente produz anticorpos para destruir o vírus ou bactéria. Só que em alguns casos os anticorpos continuam agindo,e o ataque é contra o próprio organismo. No caso da miosite, atinge os músculos, e na Síndrome de Guillain Barré, ataca a bainha dos nervos”, explicou o especialista. Albuquerque ressalta que esse tipo de reação não acontece na fase aguda da doença, e sim duas ou três semanas depois que a infecção foi debelada. Segundo o especialista, o quadro de miosite começa com dor e fraqueza muscular. A pessoa vai perdendo os movimentos e fica predisposta a infecções. Com sintomas que poderiam ser de dengue, chikungunya ou zika, Danielle buscou primeiramente o hospital do município de Pesqueira, próximo da aldeia onde mora. Com a evolução do quadro, ela foi transferida para um hospital de Caruaru, no interior de Pernambuco. Em seguida, quando chegou ao Hospital da Restauração, referência em neurologia, já estava em estado grave, e passou oito dias internada na unidade de terapia intensiva (UTI).
A diretora da Organização Mundial da Saúde (OMS), Margaret Chan, anunciou nesta quinta-feira (28) a convocação de seu comitê de emergência para análise da atual situação do Zika vírus no mundo. Com a presença de cientistas brasileiros, a reunião será realizada na próxima segunda-feira (1º) e deve declarar emergência nacional para saúde pública, declarando o vírus como uma “ameaça global”. “Estamos profundamente preocupados. O nível de alerta é extremamente alto, principalmente diante da possibilidade de uma ligação com microcefalia. A relação ainda não foi estabelecida, mas há uma forte suspeita”, ressaltou a diretora. Segundo Margaret, a reunião de emergência tem quatro principais motivos: a possível associação com microcefalia, o potencial de proliferação do Zika, a falta de imunidade da população e a ausência de vacina. Durante seu discurso, ela ainda lembrou que o fenômeno El Niño deve aumentar a presença dos mosquitos. O debate desta quinta contou também com a presença do diretor do Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde, Cláudio Maierovitch, que fez um relato sobre a situação da zika no Brasil.
O Hemoba de Brumado convoca os doadores habituais e demais voluntários, para a doação de sangue com urgência. De acordo com a unidade, o estoque de sangue está crítico e necessita de um abastecimento maior do banco de sangue, para que possa atender as demandas extras. Todo o material utilizado na coleta de sangue é descartável, eliminando qualquer risco de contaminação ao doador. Além disso, o corpo recupera o nível de sangue nas 24 horas seguintes à doação. Para doar, é preciso ter entre 16 e 69 anos, pesar acima de 50 kg e apresentar documento original com foto, emitido por órgão oficial e válido em todo o território nacional. A UCT do Hemoba em Brumado fica situado na Rua Manoel Fernandes dos Santos, 87 – Jardim Brasil – Brumado-BA. “Doar sangue não dói. Junte a essa batalha, salvando vidas.”
A hanseníase também conhecida como lepra ou doença de Hansen é uma infecção causada pela bactéria denominada Mycobacterium leprae, que lesa principalmente os nervos periféricos diminuindo a sensibilidade da pele, a membrana mucosa do nariz, os testículos e os olhos. Como a capacidade de detectar o toque, a dor, o calor e o frio diminui, as pessoas infectadas podem queimar-se, cortar-se ou ferir-se sem perceber. Apesar de ser uma doença difícil de adquirir, a Hanseníase ainda possui uma série de estigmas alimentadas pela quantidade insuficiente de ações governamentais ao seu respeito, mesmo sendo instituído em 31 de janeiro o Dia Mundial de Luta contra a doença. “Um dos grandes problemas da hanseníase é que esta é uma doença negligenciada, pouco estudada e pouco conhecida. Os médicos e profissionais da área de saúde são poucos treinados para reconhecer a doença, principalmente no estágio inicial”, lamenta o dermatologista e presidente da Sociedade Brasileira de Dermatologia da Bahia (SBD-BA), Paulo Machado. De acordo com o médico, o Brasil é o segundo país em número de casos de hanseníase, perdendo apenas para Índia.
Nesta segunda-feira (25), serão iniciados os atendimentos do programa de estratégia itinerante Saúde sem Fronteiras Oftalmologia, da Secretaria da Saúde do Estado (Sesab). Desta vez, o município de Caetité será o anfitrião para os 21 municípios da região de Guanambi. Até o dia 31 de janeiro, serão disponibilizadas 5.000 consultas oftalmológicas e 1.500 cirurgias de catarata para um público formado por alunos do Todos pela Educação (TOPA) e a população com idade a partir de 60 anos. O programa itinerante mobilizará uma equipe de mais de 100 profissionais, entre médicos oftalmologistas, anestesiologistas, enfermeiros, técnicos e profissionais de apoio. O atendimento será feito na Avenida Santana, ao lado do Ginásio de Esportes de Caetité. Para ter acesso aos serviços, o usuário deverá procurar a Secretaria de Saúde de seu município, que ficará responsável pelo seu agendamento para o atendimento. Será preciso levar o Cartão do SUS, RG e o crachá de identificação do usuário. Para os usuários que passarem por cirurgia de catarata, a Secretaria da Saúde do Estado, disponibilizará o colírio para ser usado durante 30 dias. Todos os pacientes operados deverão retornar para avaliação pós-cirúrgica, em 24 horas. Dentro de 30 dias, uma equipe de oftalmologistas retornará ao município de Caetité, para assegurar o atendimento de intercorrências, caso elas existam, entre pacientes atendidos na região.
Um dos mais respeitados infectologistas do país, o professor e ex-diretor da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e coordenador de Controle de Doenças da Secretaria da Saúde de São Paulo, Marcos Boulos, acredita que o país vive atualmente a maior epidemia já registrada no mundo por vírus Zika. Em entrevista ao programa Espaço Público, na TV Brasil, o especialista defendeu o combate sistemático ao mosquito Aedes aegypti, transmissor não apenas do vírus Zika, mas também da dengue e da febre chikungunya. Para ele, as prefeituras brasileiras erraram ao não manterem um grupo técnico permanente de controle do vetor. Boulos lembrou que a infecção por Zika, até então, era considerada uma doença mais branda que a própria dengue, já que causa febre baixa, manchas pelo corpo que desaparecem em dois ou três dias e quadros clínicos menos graves, que dificilmente levam à morte. Foi a correlação da doença com casos de microcefalia em bebês que levantou a bandeira vermelha. O infectologista destacou que, em todos os locais onde foi registrado surto do vírus Zika, como na Polinésia Francesa e em algumas pequenas cidades da África, o cenário não se repetiu posteriormente. “Se isso acontecer, até que não vai ser tão ruim assim. Vamos passar por um momento epidêmico importante e, depois, é provável que exista uma calmaria.”
O Saúde sem Fronteiras retoma, nesta segunda-feira (11), o programa de rastreamento do câncer de mama no interior baiano. Até o dia 16 de janeiro, as mulheres de 50 a 69 anos, dos municípios de Pé de Serra e Capela do Alto Alegre, poderão realizar mamografia. No período de 11 a 25, o programa atenderá à população feminina do município de Irará; já de 18 a 28 de janeiro, serão atendidas as mulheres de Mundo Novo. Já a segunda fase do programa iniciará no dia 19 de janeiro, quando as pacientes com mamografias inconclusivas passarão por revisão, terão novas consultas e farão exames complementares para o diagnóstico e tratamento. Até 21 de janeiro o programa atente em Maragogipe e Cruz das Almas. Nos dias 27, 28 e 29 de janeiro, a 2ª fase começará para as mulheres de Porto Seguro e Teixeira de Freitas.
A associação do vírus zika aos recentes casos de microcefalia no Brasil tem mobilizado sociedade e comunidade científica para o combate ao mosquito que transmite a doença e é velho conhecido dos brasileiros, o Aedes aegypti. O controle das suas populações é considerado, emergencialmente, assunto de saúde pública. A única forma de prevenção da doença é o combate aos mosquitos, eliminando os criadouros de forma coletiva, com participação comunitária, e o estímulo à estruturação de políticas públicas efetivas para o saneamento básico e o uso racional de inseticidas. Pesquisadores do Núcleo de Bioprospecção e Conservação da Caatinga, rede articulada pelo Instituto Nacional do Semiárido do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação (Insa/MCTI), estão desenvolvendo um biopesticida para combater o mosquito que é o transmissor da dengue, da chikungunya e do vírus zika. O biopesticida é desenvolvido a partir de compostos de plantas da caatinga, como a umburana ou umburana de cambão. Os resultados das pesquisas se mostraram promissores.
Sobre as doenças e consequências transmitidas pelo mosquito Aedes. Sabemos todos, que as autoridades sanitárias, há muito prometem vacinas contra a dengue transmitida pelo mosquito Aedes. Acontece que agora, ainda com a vacina ausente, surgiram mais duas variantes virais também transmitidas pelo mesmo mosquito. Trata-se da febre Chicungunya e a febre Zika, esta última, responsável pela microcefalia em recém- nascidos, e também desencadeadora de novos casos da síndrome de Guillan Barré. No meu entender de pesquisador, se uma vacina contra os quatro sorotipos da dengue está difícil, imaginem mais três vacinas diferentes para um mesmo vetor ou seja, uma vacina contra a dengue outra para a Chicungunya e outra para a Febre Zika. Medidas aliativas, na espera pelas tão esperadas vacinas, só farão adiar as consequências destas patologias.
A lei que permite ao Sistema Único de Saúde (SUS) oferecer cirurgia plástica para mulheres vítimas de violência foi publicada no Diário Oficial da União desta quinta-feira (31). Segundo a nova legislação, hospitais e os centros de saúde pública devem informar às vitimas de violência sobre a possibilidade de acesso gratuito à cirurgia plástica para reparação das lesões ou sequelas das agressões. A lei passou pelo Senado e foi aprovada pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania da Câmara dos Deputados em novembro. O texto prevê ainda uma punição para os gestores das unidades médicas que não cumprirem com a obrigação de informar às mulheres sobre os direitos.