por Francis Juliano
O último boletim da Covid-19 na Bahia registrou aumento de 60% dos casos confirmados da doença em 24 horas. Segundo boletim da Secretaria da Saúde do Estado (Sesab) desta sexta-feira (26), o número de novos infectados passou de 468 na quinta para 744 nesta sexta.
No caso dos registros ativos – aqueles em condição de infectar outras pessoas – saiu de 2.923 para 3.110 em um dia, alta de 6,4%. A pasta também informou que foram confirmadas mais sete mortes pela doença no estado, sendo que três delas ocorreram nesta semana, entre a segunda-feira (22) e quinta passada. Na quinta foram 12 baixas.
No caso dos municípios com maior incidência da Covid-19, o risco de adoecer pela doença é maior nas cidades de Maracás, Itororó, São Felipe, Itabuna e Ibirataia. Ainda segundo a Sesab, 80,11% dos casos de Covid-19 no estado foram registrados no interior baiano e 18,94% em Salvador.
A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) entregou hoje (26) ao Ministério da Saúde um lote com 2,8 milhões de doses da vacina AstraZeneca contra a covid-19.
Com essa nova remessa, a instituição chega ao total de 141,4 milhões de imunizantes distribuídos pelo Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos/Fiocruz) ao Programa Nacional de Imunizações (PNI).
Segundo a instituição, também está previsto o recebimento de uma remessa de Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA). A entrega está prevista para as 7h do próximo domingo (28), no Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro (RioGaleão).
Na Bahia, nas últimas 24 horas, foram registrados 468 casos de Covid-19 e 12 óbitos pela doença. Os dados divulgados pela Secretaria Estadual de Saúde (Sesab) consideram aquilo que foi registrado até as 17h desta quinta-feira (24).
Desde o início da pandemia, a Bahia já registrou 1.257.612 casos da doença. Destes, 27.270 tiveram óbito confirmado. Atualmente, o estado possui 2.923 casos ativos. Com relação à ocupação dos leitos de UTI adulto, a taxa subiu para 38%.
As visitas a pacientes no Hospital Roberto Santos, no Cabula, em Salvador, estão suspensas. A medida foi tomada após um surto de Covid-19 tem sido registrado na emergência da unidade na semana passada.
De acordo com informações do G1, ainda não há data definida para o retorno das visitas na emergência e nem de como está o acesso de visitantes nos demais espaços do hospital. O cenário da doença na unidade será observado para que as próximas medidas sejam adotadas.
Além da suspensão de visitas, uso de máscara e do álcool em gel, outras medidas para evitar a disseminação da Covid-19 foram tomadas pela unidade de saúde como, por exemplo, a testagem de pessoas que apresentaram sintomas.
O surto foi registrado na última quinta-feira (18). No total, nove pacientes testaram positivo para a doença e foram transferidos para unidades de referência no tratamento de infectados pelo novo coronavírus.
Um estudo publicado nesta quarta-feira (24) pelo Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) e pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) apontou que casos graves da Covid-19 estão diretamente relacionados a um processo de envelhecimento do sistema imunológico que ocorre durante a doença. A pesquisa, publicada na revista científica Journal of Infectious Diseases avaliou 24 amostras de sangue de 22 pacientes hospitalizados.
Para chegar ao resultado, os pesquisadores compararam o sangue dos contaminados com o de pessoas saudáveis, permitindo assim detectar sinais de que as células de defesa conhecidas como linfócitos T auxiliares passaram por um processo de hiperatividade, exaustão e envelhecimento no caso dos infectados pelo novo coronavírus.
Conforme divulgou a Agência Brasil, a função dos linfócitos T é reconhecer as proteínas virais e ativar as células responsáveis por combater o vírus e produzir anticorpos. No entanto, como ocorre o desgaste, elas perdem a capacidade de se multiplicar e liderar essa resposta, explicam os pesquisadores.
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Filas longas e atrasos no aguardo da segunda dose da vacinação contra a Covid-19 foram registrados nesta segunda-feira (22) em Vitória da Conquista, no Sudoeste. Segundo o G1, o caso foi percebido no posto de saúde do bairro Vila América.
No local, as aplicações começaram já por volta das 11h, mas já havia pessoas desde as 7h no aguardo do procedimento. Conforme a prefeitura, pelo menos 15 mil pessoas ainda não foram tomar a segunda dose de imunizante contra o novo coronavírus. Isso representa 54% do público-alvo.
Em nota, a secretaria de saúde de Vitória da Conquista disse que distribuiu imunizantes para as unidades de saúde, mas o estoque terminou de forma rápida. A pasta declarou que retomará a vacinação assim que receber novas doses de vacina. Ainda segundo a secretaria, apesar da falta de imunizantes, a procura da população pela segunda dose continua baixa.
A Bahia registrou, neste domingo (21), 244 novos casos da Covid-19 e três mortes em decorrência da doença, conforme dados do boletim epidemiológico da Secretaria Estadual da Saúde (Sesab).
Somando os dados das últimas 24 horas, o estado acumula agora, desde o início da pandemia, 1.255.481 casos confirmados da Covid-19 e 27.230 óbitos pela doença. Neste momento, a Bahia tem 2.811 casos da Covid considerados ativos.
Na Bahia, nas últimas 24 horas, foram registrados 590 novos casos de Covid-19 e 539 recuperados. O boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria da Saúde (Sesab) neste sábado (20) também registra 6 óbitos. Dos 1.255.237 casos confirmados desde o início da pandemia no Estado, 1.225.123 já são considerados recuperados, 2.887 encontram-se ativos e 27.227 tiveram óbito confirmado.
O boletim epidemiológico contabiliza ainda 1.610.123 casos descartados e 251.773 em investigação. Estes dados representam notificações oficiais compiladas pela Diretoria de Vigilância Epidemiológica em Saúde da Bahia (Divep-BA), em conjunto com as vigilâncias municipais e as bases de dados do Ministério da Saúde.
Vacinação
Com 10.945.670 vacinados contra o coronavírus (Covid-19) com a primeira dose ou dose única, a Bahia já vacinou 85,97% da população com 12 anos ou mais, estimada em 12.732.254.
O diagnóstico de diabetes mellitus tipo 1 (criança e adolescente jovem) causa um impacto também nos pais, porque a doença se manifesta de forma abrupta, com um quadro grave que geralmente exige hospitalização, como explica a diretora do Centro de Diabetes e Endocrinologia da Bahia (Cedeba), a endocrinologista Reine Chaves. Com a aceitação e adesão ao tratamento, a vida volta à normalidade.
Foi o que aconteceu com a adolescente Luma Ester Gomes de 19 anos, acompanhada pelo Cedeba há 4 anos. “No início foi muito difícil. Uma fase marcada por rebeldia”, explica Fernanda Gomes, 47 anos, mãe de Luma.
Segundo a médica residente de Endocrinologia do Cedeba, Gabriela Teixeira, mesmo quando o diabetes começa a ser tratado na infância, na adolescência há maior dificuldade para um bom controle. Atualmente, as mães se queixam de outra dificuldade: a crise econômica tem dificultado a garantia de uma alimentação saudável.
As dificuldades para manter o mesmo padrão de alimentação são muito grandes, observa Ivanete Lima, residente no bairro do Nordeste de Amaralina, mãe de Elias, 10, com diagnóstico de diabetes desde os 6 anos.
“No início era tudo novo para mim. Meu filho tinha muitas situações de hipoglicemia e não pensei duas vezes: pedi demissão do meu trabalho. Com a redução da renda e o aumento dos preços dos alimentos, está muito difícil comprar variedade de frutas e verduras. Sem falar nas proteínas, cujos preços dispararam, principalmente os dos derivados do leite”, pontua.
Quem também se queixa da crise econômica é a viúva Ronay Malta, mãe de Railane Malta dos Santos, 16. Ronay trabalha como diarista para complementar a pensão que recebe. Railane leva o tratamento do diabetes muito a sério e usa a insulina, conforme a orientação médica, mas também sabe da importância da alimentação para ficar bem. O que influenciou a sua escolha profissional pela nutrição. “Para ensinar o pessoal a comer bem”, justifica.
A partir de um decreto do governo da Bahia, o Departamento Estadual de Trânsito (Detran) e o Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC) passarão a exigir comprovante de vacinação contra a Covid-19 para atendimento presencial. A regra passa a valer em 1º de dezembro, de acordo com o decreto publicado no Diário Oficial do Estado (DOE) deste sábado.
A comprovação de vacinação também passará a ser exigida na visitação social às unidades de saúde e às unidades prisionais do Estado no mesmo período. A comprovação da vacinação com as duas doses ou em dose única poderá ser feita através da apresentação do cartão de vacinação ou do certificado disponível no aplicativo “Conecte SUS”, do Ministério da Saúde.
Para garantir o cumprimento do decreto nº 20.894, as medidas adotadas pelos órgãos municipais de Vigilância Sanitária serão acompanhadas pela Secretaria da Saúde do Estado (Sesab), através da Diretoria da Vigilância Sanitária, e apoiadas pela Secretaria da Segurança Pública (SSP), por meio da Polícia Militar e da Polícia Civil.