O Ministério da Saúde e o governo de Minas Gerais inauguraram nesta segunda-feira (29), em Belo Horizonte, a Biofábrica Wolbachia. A unidade, administrada pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), vai permitir ao Brasil ampliar sua capacidade de produção de uma das principais tecnologias no combate à dengue e outras arboviroses.
A Wolbachia é uma bactéria presente em cerca de 60% dos insetos na natureza, mas ausente naturalmente no Aedes aegypti. O chamado método Wolbachia consiste em inserir a bactéria em ovos do mosquito em laboratório e criar Aedes aegypti que portam o microrganismo. Infectados pela Wolbachia, eles não são capazes de carregar os vírus que causam dengue, zika, chikungunya ou febre amarela.
Esses mosquitos, apelidados de Wolbitos, quando se reproduzem, passam a bactéria para novos mosquitos, fazendo com que menos insetos possam transmitir doenças para os seres humanos.
Leia mais »
A Secretária estadual da Saúde (Sesab) confirmou mais duas mortes por dengue na Bahia. Com isso, o número de mortos pela doença chega a 49. Os municípios que registraram os novos óbitos foram Caraíbas e Maraú.
Dos 417 municípios baianos, 256 estão em estado de epidemia da enfermidade. A Sesab ainda aponta um aumento de 702,9% nos casos de dengue em 2024. Até o dia 20 de abril, foram notificados 153.404, no mesmo período do ano anterior, o registro foi de 19.106 casos.
Vitória da Conquista é o município que lidera o número de casos, com 24.111 registros. Salvador vem logo na sequência, com 6.796, e Feira de Santana, com 6.239 casos.
Mais de 400 mil baianos possuem obesidade mórbida. Os dados são do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional, do Ministério da Saúde, compilados em 2022 e discutidos neste sábado (27), durante o encerramento do Congresso da Sociedade de Gastroenterologia da Bahia (GastroBahia), realizado em Salvador.
O número é 0,6% maior que o medido na pesquisa anterior, realizada em 2019. A situação é preocupante entre os adolescentes. Segundo dados do Sisvan, 17,6% dos jovens entre 10 e 19 anos, atendidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) do estado da Bahia, apresentam sobrepeso.
A hepatologista Helma Cotrim, presente ao evento, explica que a doença hepática esteatótica(gordura no fígado) é uma das principais doenças causadas pela obesidade, cujo crescimento requer atenção, pois pode evoluir para formas graves como hepatite gordurosa, cirrose hepática e até câncer.
Ao chamar atenção das autoridades sobre uma nova pandemia em breve, o médico Drauzio Varella sinalizou que as autoridades do Governo Federal precisam estar preparadas para responder ao problema. A declaração foi publicada em um artigo no jornal Folha de São Paulo.
“A próxima emergência em saúde pública não pode provocar tragédia semelhante à da Covid-19. Faz falta um órgão técnico adaptado à nossa realidade, com recursos financeiros, gestão moderna, livre de interferências políticas e com agilidade administrativa para contratar profissionais, desenvolver estudos colaborativos com as universidades e os institutos de pesquisa, integrado ao SUS com o objetivo de assessorá-lo e fortalecê-lo”, ressaltou.
O médico citou a postura dos governos Bolsonaro e Lula durante a pandemia de coronavírus. “Perderam a vida mais de 700 mil brasileiros na última pandemia. Não podemos ser pegos de surpresa outra vez. Não vamos repetir os mesmos erros, não é possível que não tenhamos aprendido nada”, emendou.
Segundo Varella, “assim que surgirem os primeiros casos de uma doença desconhecida em nosso território, será necessário detectá-los de imediato, isolar o agente causador, sequenciar seu genoma e caracterizar os modos de transmissão e o padrão de disseminação entre seres humanos e animais”.
O pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) foi atendido pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) que determinou a Polícia Federal (PF) que complemente a investigação sobre as fraudes nos cartões de vacina do ex-presidente Jair Bolsonaro, de sua filha, Laura, e de assessores do seu governo.
“Acolho a manifestação apresentada pela Procuradoria-Geral da República e determino o retorno dos autos à Polícia Federal”, escreveu o ministro.
A decisão reabre o inquérito, que já havia sido dado como encerrado pela PF. O delegado Fábio Alvarez Shor apresentou o relatório final do caso no mês passado e sugeriu o indiciamento do ex-presidente e de outras 16 pessoas pela falsificação dos comprovantes de vacinação da covid-19.
Bolsonaro foi indiciado pela PF, mas Gonet afirmou que precisa de mais informações para decidir se oferece denúncia contra o ex-presidente
Dados do Ministério da Saúde mostram que apenas 22% do público-alvo se vacinou contra a gripe. Até o momento, 14,4 milhões de doses foram aplicadas para uma população-alvo de 75,8 milhões de pessoas. A campanha de vacinação começou oficialmente no dia 25 de março.
“A partir de agora, a expectativa é imunizar 75 milhões de pessoas por meio do Sistema Único de Saúde (SUS), como idosos, gestantes, puérperas, trabalhadores da saúde, crianças de 6 meses a menores de 6 anos, professores da rede pública de ensino, entre outros públicos prioritários”, disse, na ocasião, a ministra da Saúde, Nísia Trindade.
Os estados com as menores porcentagens da população vacinada são o Distrito Federal (13,78%), Mato Grosso do Sul (14,18%), Mato Grosso (14,36%), Bahia (14,92%) e Rio de Janeiro (17,76%).
Leia mais »
Herpes Zoster é uma doença que aparece na pele, causada pelo Vírus Varicela-Zoster (VVZ), o mesmo que provoca a catapora.
Depois de transmitir a catapora, esse vírus permanece “adormecido” no organismo durante toda a vida da pessoa, podendo ser reativado na idade adulta ou em pessoas com baixas defesas no organismo, como as que têm doenças crônicas como hipertensão, diabetes, câncer, Aids, pacientes que fizeram transplante e outras.
Antes do aparecimento das lesões de pele, na maior parte dos casos, ocorrem os seguintes sinais e sintomas:
– Dores nos nervos;
– Formigamento, agulhadas, adormecimento, sensação de pressão;
– Ardor e coceira locais;
– Febre;
– Dor de cabeça;
– Mal-estar.
O Brasil alcançou a marca dos 1.601 óbitos por dengue confirmados em 2024. Além disso, outras duas mil mortes seguem em investigação e podem ter sido causadas pela doença, totalizando 3,6 mil mortes confirmadas ou suspeitas até o momento. Os dados são do painel de casos do Ministério da Saúde atualizado nessa sexta-feira (19).
O número de mortes confirmadas é 35% superior a todo o ano de 2023, quando 1.179 brasileiros perderam a vida para doença. A diferença entre os casos ainda em investigação de 2023 e 2024 supera os 1.707%. Do ano passado, apenas 114 ocorrências seguem em investigação.
Em relação aos casos prováveis da doença, os números chegam a 3,535 milhões em 2024 contra 1,649 milhão em 2023, aumento de 114%. Já o coeficiente de incidência de casos por 100 mil habitantes cresceu de 773 em 2023 para 1.741 casos prováveis para cada 100 mil brasileiros em 2024.
As mulheres são as mais afetadas pela doença, representando 55% das ocorrências prováveis, contra 44% de pessoas do sexo masculino. A faixa etária mais afetada é dos 20 aos 29 anos, com 358 mil mulheres dessa faixa etária atingidas contra 299 mil homens.
Apesar do aumento expressivo no número de casos e óbitos, a letalidade da doença em relação ao total de casos teve leve redução. De uma letalidade de 4,83% em casos graves em 2023 para 4,35% em 2024. Além disso, a letalidade dos casos prováveis passou de 0,07% para 0,05% no mesmo período.
Proporcionalmente, as unidades da federação com a situação mais grave da doença, índice calculado por casos prováveis a cada 100 mil habitantes (coeficiente de incidência), são: Distrito Federal (7,9 mil x 100 mil); Minas Gerais (5,3 mil x 100 mil); Paraná (3,0 mil x 100 mil); Espírito Santo (2,9 mil x 100 mil); Goiás (2,5 mil x 100 mil); Santa Catarina (2,0 mil x 100 mil); São Paulo (1,8 mil x 100 mil); e Rio de Janeiro (1,3 mil x 100 mil).
Na parte embaixo da tabela, com os melhores índices de incidência, estão os estados de Roraima (36 casos x 100 mil); Ceará (96 casos x 100 mil); Maranhão (128 casos x 100 mil); Sergipe (137 casos x 100 mil) e Alagoas (152 casos x 100 mil).
O Ministério da Saúde confirmou a compra de 12,5 milhões de doses de vacina contra a Covid-19 da farmacêutica Moderna. Os imunizantes devem chegar à população nos próximos 15 dias. O contrato foi fechado na sexta-feira (19).
A pasta informou que iniciou o processo de aquisição emergencial em dezembro de 2023, quando a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou a versão mais atualizada do imunizante.
Em nota, o ministério diz que essa é a primeira vez que empresas farmacêuticas disputam o fornecimento de vacinas contra o coronavírus no Brasil. Todas as aquisições anteriores foram feitas em um ambiente sem concorrência. A medida, segundo o governo, possibilitou uma economia de R$ 100 milhões.
Quase quatro bilhões de pessoas em todo o mundo estão sob risco de infecções transmitidas por mosquitos do tipo Aedes – seja o Aedes aegypi ou o Aedes albopictus que, juntos, respondem por doenças como dengue, zika, chikungunya e febre amarela. O alerta é da líder da equipe sobre arbovírus da Organização Mundial da Saúde (OMS), Diana Rojas Alvarez.
Ao participar – por videoconferência – de encontro na sede da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) em Brasília, Diana destacou que a estimativa é que esse número – quatro bilhões – aumente em mais um bilhão ao longo das próximas décadas, sobretudo, por conta de fatores como o aquecimento global e a adaptação do Aedes a grandes altitudes. O mosquito, segundo ela, já pode ser encontrado, por exemplo, em montanhas do Nepal e da Colômbia, além de países da região andina.
A OMS monitora ativamente surtos e epidemias de dengue em pelo menos 23 países, sendo 17 nas Américas – incluindo o Brasil.
Segundo Diana, os casos da doença aumentaram consistentemente ao longo das últimas quatro décadas. Em 2023, entretanto, houve o que ela chamou de aumento muito significativo tanto de casos como de mortes pela doença.
Leia mais »