A empresa de bordados que confeccionou a inscrição “CPX” em um boné usado pelo candidato à presidência Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em uma visita ao Rio de Janeiro na última quarta-feira (12), adotou uma força-tarefa para dar conta dos pedidos desde que uma foto do petista com o acessório viralizou nas redes sociais. As informações são do portal G1.
Uma das sócias da Junior Bordados, Vitória Gonçalves, revelou que recebeu 500 solicitações de bonés “CPX” em 24 horas. A empresa, que trabalhava com apenas três funcionários, agora contratou mais cinco pessoas, para atender à alta da demanda.
“Estamos trabalhando 24 horas por dia, com atendimento redobrado e com funcionários extras”, contou Vitória, revelando que a empresa tem funcionado até durante a madrugada.
O boné ganhou os noticiários do Brasil após informações falsas nas redes sociais de que a sigla “CPX” significaria “cupinxa”, palavra que seria utilizada pelo crime organizado no Rio para se referir a um “parceiro”.
Entretanto, tudo não passou de fake news. “CPX” signifca “complexo”, uma referência ao Complexo do Alemão, conjunto carioca de favelas visitado por Lula. O candidato petista foi presenteado pelo líder comunitário Rene Silva, fundador da Voz das Comunidades. A ideia era entregar uma lembrança do local.
“CPX é abreviação que a gente usa para identificar o Complexo do Alemão, a nossa comunidade. Na véspera da visita, pensamos em presentear o Lula com um boné escrito ‘favela’. Mas ninguém tinha esse boné e não havia tempo de mandar fazer. Aí, um dos nossos voluntários, o Hector, deve a ideia de dar o boné dele com o CPX. É uma lembrança da comunidade”, afirmou Rene.