Companhias brasileiras como a rede de lojas Havan estão por trás de um investimento ilegal de R$ 12 milhões em campanhas eleitorais contra o PT por meio do WhatsApp, segundo matéria publicada nesta quinta-feira (18) pelo jornal Folha de S.Paulo. De acordo com a publicação, as empresas, apoiadoras do presidenciável Jair Bolsonaro (PSL), contratam pacotes de disparos em massa de mensagens por meio do aplicativo e planejam uma grande operação na semana anterior ao segundo turno. Os eleitores que recebem os conteúdos fazem parte da base de dados do candidato e de listas adquiridas em agências de estratégia digital que comercializam contatos segmentados por renda e região como a Quickmobile, a Yacows, Croc Services e SMS Market. O levantamento da Folha aponta que os preços variam de R$ 0,08 a R$ 0,12 por disparo de mensagem para a base própria do candidato e de R$ 0,30 a R$ 0,40 quando a base é fornecida pela agência. Segundo a legislação eleitoral, a compra de base de terceiros é proibida. Só podem ser atingidas pelas ações de propaganda eleitoral as pessoas que cedem de forma voluntária seus números à equipe do candidato.