Os EUA anunciaram nesta quinta-feira (03) que vão enviar 6 milhões de vacinas contra a Covid-19 para o Brasil e ao menos outros 12 países da América Latina. O compartilhamento será feito, de acordo com publicação da Folha, via Covax, iniciativa vinculada à OMS para a distribuição de doses a países em desenvolvimento.
O montante é uma fatia das 80 milhões de doses que o presidente americano, Joe Biden, anunciou que vai enviar a outros países nas próximas semanas.
O presidente americano afirmou que a primeira parte do plano de distribuição compreende o envio de 25 milhões de vacinas para o exterior. Destas, cerca de 25%, ou 19 milhões de doses, serão distribuídas via Covax, de acordo com a participação de cada país no consórcio: serão cerca de 6 milhões de doses para a América Latina e o Caribe, incluindo Brasil, Argentina, Colômbia, Costa Rica, Bolívia, El Salvador, entre outros; 7 milhões para o Sul e Sudeste da Ásia, como Índia, Tailândia, Laos e Vietnã; e 5 milhões para a África, em nações que, segundo a Casa Branca, serão selecionadas junto à União Africana.
Os outros 6 milhões de doses serão compartilhados diretamente com países que, ainda de acordo com o comunicado “estão passando por surtos”, como Índia e México. Apesar da situação grave da pandemia no Brasil, a Casa Branca não cita o país nesta distribuição bilateral —o Brasil tem participação pequena na Covax por decisão do governo Jair Bolsonaro.
O restante das doses —55 milhões— vão seguir o mesmo padrão desta primeira parte do plano de distribuição: 75% via Covax e 25% de compartilhamento direto com países vizinhos e parceiros.
A Casa Branca está sob pressão internacional para ajudar nações mais pobres e em desenvolvimento no combate à pandemia, e o governo brasileiro –por meio da embaixada em Washington e o Itamaraty– pedia acesso a parte dos imunizantes.