Mário José dos Reis Emiliano, o “Marinho”, morreu hoje, aos 62 anos. Ponta-direita vice-campeão brasileiro de 1985 pelo Bangu, o ex-atleta fez parte do ciclo da seleção brasileira de 1986, ainda que não tenha ido para a Copa do Mundo. Ele tinha pancreatite e câncer de próstata, que se alastrou para outros órgãos.
Mesmo com algumas cirurgias, o quadro se agravou. Eleito melhor jogador do Brasileirão de 1985, Marinho viveu seu auge no Bangu, equipe em que teve duas passagens: a primeira entre 1983 e 1987; e a segunda entre 1989 e 1990. Foi pela trajetória no alvirrubro que ele chegou a disputar partidas pela seleção brasileira. Dez anos atrás, o ex-ponta-direita atuou como treinador.
Revelado pelo Atlético Mineiro, equipe do seu estado natal, ali esteve entre 1974 e 1978, recém promovido à equipe profissional para atuar com estrelas de sua geração, como Reinaldo, Toninho Cerezo, Paulo Isidoro e Marcelo Oliveira. Seu retorno aconteceu em 1982, quando completou 118 jogos e 21 gols pelo time.
Marinho também atuou em clubes como os cariocas Botafogo, Entrerriense e São Cristóvão, além do América-SP. Com curta carreira internacional, jogou pelo San José, da Bolívia. No currículo, carrega um bicampeonato carioca pelo Botafogo, assim como dois títulos estaduais pelo Atlético, onde também conquistou a Taça Minas Gerais de 1976.
Viveu momentos difíceis quando, durante uma entrevista em 1988, seu filho de 1 ano e sete meses se afogou na piscina de sua mansão. Após a morte da criança, os problemas de Marinho com o álcool se tornaram maiores.