O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), concedeu, nesta quinta-feira (9), a progressão da pena do ex-ministro dos governos Lula e Temer, Geddel Vieira Lima (MDB-BA), para o regime semiaberto.
Inicialmente, o emedebista foi preso preventivamente em 8 de setembro de 2017, após a Polícia Federal encontrar R$ 51 milhões em um apartamento utilizado por ele no bairro da Graça, em Salvador. Depois, Geddel foi condenado, em 22 de outubro de 2019, a 14 anos e 10 meses de prisão em regime fechado pelos crimes de lavagem de dinheiro e associação criminosa.
Em julho de 2020, o STF converteu a execução da pena em prisão domiciliar humanitária com monitoramento eletrônico, devido a um agravamento geral no quadro de saúde de Geddel, por ter testado positivo para o novo coronavírus, além de ser portador de comorbidades que aumentam o risco de casos graves da Covid-19.
Em 23 de agosto de 2021, a Segunda Turma do STF derrubou as condenações de Geddel e de seu irmão, Lúcio Vieira Lima (MDB-BA), por associação criminosa, mantendo apenas a por lavagem de dinheiro. Na época, a pena foi reduzida para 13 anos e quatro meses, ainda em regime fechado.
O Ministério Público Federal (MPF) ainda chegou a pedir, no início deste mês de setembro, a revogação da prisão domiciliar do ex-ministro, solicitando que ele retornasse a cumprir pena em regime fechado, mas não obteve sucesso. Nesta quinta, para progredir ao semiaberto, Geddel Vieira Lima teve que pagar uma multa.