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‘Fantasias confusas de criminoso’, diz Moro sobre acusação de fraude

16 janeiro 2024 | 0:14

STF apura supostas irregularidades em delação premiada do empresário paranaense Tony Garcia. Foto: Reprodução/Twitter

O senador Sergio Moro (União-PR) se pronunciou sobre a abertura de um inquérito que vai apurar irregularidades em uma delação premiada fechada pela Justiça Federal paranaense, ainda nos anos 2000, quando o parlamentar era juiz. Ele usou as redes sociais, nesta segunda-feira (15), para se defender.

O ex-juiz afirma que sua defesa ainda não teve acesso ao processo e lamentou a abertura das investigações. “Não temo qualquer investigação, pois sempre agi com correção e com base na lei para combater o crime”, escreveu. Moro também argumenta que o inquérito tem base em “fantasias confusas de um criminoso condenado e sem elementos que as suportem”.

A pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), o ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou nesta segunda a abertura do inquérito para investigar Moro (União-PR) e procuradores do Paraná.

Relembre – O inquérito tem como base denúncias e depoimentos do empresário paranaense Tony Garcia, que foi quem fechou a delação premiada com Moro à época e, hoje, diz que cometeu crimes a mando do ex-juiz, que o teria ordenado gravar autoridades com foro privilegiado.

Garcia foi réu, acusado de fraude no Consórcio Nacional Garibaldi, no qual era um dos sócios. Ele foi condenado e ficou preso 81 dias, em 2006. Nas acusações que faz agora, garante ter sido usado por Moro e pelos procuradores do Ministério Público Federal, em Curitiba, para espionar e gravar outros investigados.

Em julho do ano passado, o empresário divulgou nas redes sociais o áudio de uma suposta gravação de conversa com o ex-juiz, na qual os dois falam sobre a sentença que o então magistrado daria a ele.

O empresário fez a denúncia e prestou depoimentos para a Polícia Federal no ano passado. O material embasou o pedido da PGR pela abertura de um inquérito. Agora, com a autorização da abertura de inquérito, Moro e os demais citados terão a oportunidade de se defender.