A Bahia acaba de ultrapassar 69,4 mil conexões operacionais de energia solar em telhados e pequenos terrenos, espalhadas por 417 cidades, ou 100% dos 417 municípios da região, de acordo com dados da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar). A potência instalada de energia solar distribuída na Bahia coloca o estado na oitava posição do ranking nacional da Absolar.
Desde 2012, a modalidade já proporcionou à Bahia a atração de mais de R$ 3,3 bilhões em investimentos, geração de mais de 18,6 mil empregos e a arrecadação de mais de R$ 1 bilhão aos cofres públicos.
O estado possui 621,4 megawatts (MW) em operação nas residências, comércios, indústrias, propriedades rurais e prédios públicos. Para Santiago Gonzalez Gil, coordenador estadual da Absolar na Bahia, o avanço da energia solar no País é fundamental para o desenvolvimento social, econômico e ambiental do Brasil e ajuda a diversificar o suprimento de energia elétrica do País, reduzindo a pressão sobre os recursos hídricos e o risco da ocorrência de bandeira vermelha na conta de luz da população.
“Vale destacar, portanto, que o estado da Bahia é atualmente um ator principal na transição energética para contribuir com a descarbonização e o combate às mudanças climáticas na região. Por ser um relevante centro de desenvolvimento da energia solar, mantém um enorme potencial de geração de emprego e renda, com capilaridade para todos os municípios no estado, sendo uma atração de investimentos privados”, aponta o novo coordenador estadual da Absolar na Bahia, Santiago Gonzalez.
Os consumidores brasileiros que pretendem instalar sistemas de energia solar em residências e empresas têm menos de 60 dias para viabilizar o sistema fotovoltaico antes das mudanças de regras aprovadas pelo Congresso Nacional.
Pela nova Lei 14300/2022, publicada no início deste ano, há um período de transição que garante até 2045 a manutenção das regras atuais aos consumidores que solicitarem o acesso de sistemas de geração própria de solar até o dia 7 de janeiro de 2023.
Tramita, porém, no Congresso Nacional o Projeto de Lei (PL) nº 2.703/2022, do Deputado Federal Celso Russomanno, que propõe prorrogar em 12 meses o prazo para protocolar os pedidos de solicitação de acesso.
Segundo Rodrigo Sauaia, presidente executivo da Absolar, o crescimento acelerado dos projetos fotovoltaicos em residências, pequenos negócios, produtores rurais e prédios públicos está ligado principalmente a fatores como o alto custo da energia elétrica no País, a queda dos preços da energia solar e a oportunidade de enquadramento nas regras atuais.
“A energia solar ajuda a população e as empresas a se protegerem dos fortes aumentos nas contas de luz e contribui para a sustentabilidade do País. Graças à versatilidade e agilidade da tecnologia fotovoltaica, basta um dia de instalação para transformar uma residência ou empresa em uma pequena usina geradora de eletricidade limpa, renovável e acessível”, conclui Sauaia.