A funcionária pública Cyntia Leite Rodrigues, 29 anos, vive momentos de dor depois que a filha Rachel Rodrigues Novaes, 7, morreu afogada ao ter o cabelo sugada por um ralo na piscina de um hotel. “Fui levar minha filha para se divertir e a vi morrer”, diz, abalada, em entrevista ao G1. A família vive em Guarujá, São Paulo, e passava final de semana em Balneário Camboriú (SC), para conhecer um parque de diversões. No domingo (16), mãe e filha voltariam da excursão e resolveram aproveitar a piscina do hotel. “Nós tínhamos acabado de sair da praia e as crianças queriam ir para a piscina. Chegamos, dei um banho e coloquei o biquíni nela novamente. Nós descemos, ela entrou com outras crianças, enquanto fiquei conversando com outras mães. Estava tudo bem, mas eu tinha me esquecido de levar a toalha”, conta Cyntia. Ela então pediu que outras mães olhassem Rachel e foi buscar a toalha – ação que durou menos de 10 minutos.
Quando saiu do elevador, Cyntia começou a ouvir gritos e achou que alguma briga estava acontecendo. “Quando olhei para a piscina, tinha uma mãe tentando puxar alguém e um homem ao lado dela fazendo o mesmo. Uma outra mãe falou: ‘É a Rachel’. Eu entrei ali e comecei a puxar”, relembra. A mãe ainda correu para a cozinha do hotel, que fica próxima, para tentar pegar uma faca e cortar o cabelo da filha, o que não conseguiu – a porta estava fechada e ninguém abriu. Ela então voltou à piscina e dessa vez conseguiu, com os outros, retirar Rachel da água. “O ralo veio junto com o cabelo dela”. No local, a criança recebeu primeiros socorros. Equipes do Samu e Bombeiros chegaram, mas já encontram a menina sem vida. O corpo de Rachel foi velado e sepultado na segunda-feira (17). A família vai processar o hotel, por descobrir que o local não tinha um dispositivo de segurança antisucção na piscina.