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Funcionários dos Correios decretam greve por tempo indeterminado

18 agosto 2020 | 9:20

Foto: Divulgação

Os sindicatos dos trabalhadores dos Correios decidiram decretar greve por tempo indeterminado já que não houve acordo na proposta de reajuste salarial em curso. A avaliação dos funcionários é que a greve precisa acontecer para que os direitos dos trabalhadores sejam mantidos. Eles também se colocam contra a privatização da estatal. A paralisação foi decidida assembleia na segunda-feira (17), segundo a colunista Crla Araújo, do portal UOL.

De acordo com a publicação, os Correios informaram que estão cientes do estado de greve nos estados do Amapá, Bahia, Brasília, Espírito Santo, Minas Gerais, Paraná, Piauí, Rio de Janeiro, além dos municípios de Santos (SP) e no Vale do Paraíba (SP).

À coluna, o presidente dos Correios, general Floriano Peixoto, afirmou que “a divulgação de informações deturpadas ou inverídicas prejudica os funcionários, a empresa e a população em geral”.

“O que testemunhamos é uma tentativa de confundir os empregados acerca de temas sobre os quais a direção dos Correios não tem influência: os estudos de desestatização são conduzidos pelos órgãos competentes e baseados em minucioso planejamento que visa, ao fim e ao cabo, à determinação da melhor alternativa para a empresa e para a sociedade”.

De acordo com o secretário da Fentect (Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares), Emerson Marinho, a greve será nacional. “Todos os sindicatos decidiram pela paralisação hoje”. Segundo ele, nos locais onde há terceiro turno de trabalho a greve começará às 22 horas de hoje. Já nos demais locais, em todo o país, a paralisação será iniciada a partir da meia-noite.

Por se tratar de um serviço essencial, inclusive salientado no decreto de calamidade pública assinado pelo presidente Jair Bolsonaro, os sindicatos avisam que o mínimo de trabalhadores será mantido. Marinho diz que a proposta da estatal é injusta e tira benefícios, por exemplo, de filhos dependentes com necessidades especiais. “Não podemos permitir esse retrocesso de direitos”.

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