Uma estudante de 14 anos foi morta por asfixia dentro da sala de aula de uma escola estadual de Cachoeirinha, na região metropolitana de Porto Alegre. O crime aconteceu na última quarta-feira(08), e a Polícia Civil investiga se três colegas da jovem têm envolvimento na morte. Marta Avelhaneda Gonçalves cursava o 7º ano do ensino fundamental. Segundo a polícia, ela teria brigado com mais três adolescentes. Os investigadores apuram se ela foi empurrada e bateu a cabeça no chão ou se houve estrangulamento. “O laudo pericial aponta que a adolescente morreu por asfixia mecânica”, afirmou o delegado da 1ª Delegacia de Polícia de Cachoeirinha, Leonel Baldasso, que investiga o caso. A vítima foi socorrida ainda na sala de aula por professores da escola, mas morreu a caminho do hospital. A direção da Escola Estadual Luiz de Camões não se manifestou sobre o assunto.
Após a morte, o colégio decidiu suspender as classes por dois dias. Em um primeiro depoimento à polícia, as três alunas, com idades entre 12 e 13 anos, relataram que realmente houve uma discussão e a menina caiu. A polícia estuda a possibilidade de fazer uma acareação entre alunas e até mesmo uma reconstituição da cena do crime. De acordo com Baldasso, há contradições no que as garotas relatam. “Em um dos depoimentos, foi dito que estariam na sala de aula vários alunos. Já a outra aluna disse que havia apenas quatro pessoas. São contradições que teremos de investigar”, disse.
Ele analisa ouvir a versão dos alunos, professores e funcionários e apura se houve omissão da escola. Em entrevista à TV RBS, Baldasso afirmou suspeitar que o motivo da briga entre a garota e as colegas tenha sido ciúmes. “Pelo que se recebeu de informe, uma delas teria um namorado, e esse namorado teve um primeiro contato com a vítima. E um ciúme poderia ter ocasionado essa briga”, disse. Indignação A adolescente foi velada anteontem em uma igreja da cidade, em clima de indignação. Nas redes sociais, parentes de Marta também publicaram mensagens de revolta com o assassinato e receberam manifestações de apoio. “Queremos justiça”, postou uma familiar nas redes sociais. Segundo relatos de pessoas próximas, ela era tímida e saía pouco de casa. Recém-chegada a Cachoeirinha, a garota havia começado a estudar na escola neste ano. O ano letivo na rede gaúcha havia começado na segunda-feira.