Os casos foram revelados no programa “Conversa com Bial” desta sexta-feira (07), na Rede Globo. As supostas vítimas alegam que os atos teriam sido cometidos durante atendimento espiritual na Casa Dom Inácio de Loyola, fundada e liderada por João de Deus. Por meio de nota, a assessoria do curador informou que “rechaça veemente qualquer prática imprópria em seus atendimentos”. A coreógrafa holandesa Zahira Leeneke foi a única mulher a aceitar ser identificada. Ela buscou a Casa em 2014, para buscar o tratamento espiritual para traumas causados por abuso sexual sofrido no passado. De acordo com o G1, todas as outras vítimas são brasileiras e se negaram a mostrar o rosto, por medo ou vergonha. “Pegava na minha mão para eu pegar no pênis dele. (…) Ele falava: ‘Põe a mão, isso é limpeza. Você precisa dessa limpeza, é o único jeito de fazer isso’”, disse uma das mulheres que procurou o médium.
Os relatos apontam uma similaridade entre os casos. Durante os atendimentos espirituais, João de Deus dizias para as mulheres o procurarem depois em sua sala, porque haviam sido escolhidas para receber a cura. Uma vez sozinhas, as entrevistadas dizem que eram violentadas sexualmente. João Teixeira de Faria é um médium brasileiro conhecido em todo o mundo como João de Deus. Desde 1976 ele faz atendimentos espirituais na Casa Dom Inácio de Loyola, em Abadiânia, Goiás. A Casa recebe até 10 mil pessoas por mês para atendimentos, boa parte delas estrangeiras. Os relatos de cirurgias espirituais de cura se espalharam pelo mundo e personalidades como a apresentadora americana Oprah Winfrey chegaram a visitar o local.