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Isaquias rema forte e leva ouro para a Bahia e para o Brasil em Tóquio

7 agosto 2021 | 6:09

Foto: Gaspar Nóbrega / COB

Ninguém foi capaz de superar Isaquias Queiroz na Olimpíada de Tóquio. Com o tempo de 4min04s408, o baiano remou, como ele mesmo prometeu, “com raiva” para a medalha de ouro da prova do C1 1000 metros da canoagem velocidade, chegando mais de um segundo à frente do segundo colocado, o chinês Hiu Lao. Serghei Tarnovschi, da Moldávia, completou o pódio.

“É diferente ganhar medalha de ouro. Estou mais feliz ainda por estar deixando vocês do Brasil felizes. Tem uma pequena frase que todos os medalhistas olímpicos, tem uma pequena música que diz: um dia eu vi uma estrela cadente e fiz um pedido, creio que foi atendido, eu era um menino brincando com os amigos e agora sou campeão olímpico”, afirmou, após a prova, ainda incrédulo. 

O canoísta chega a sua quarta medalha olímpica. Na Rio-2016, ele ficou com duas pratas e um bronze (no C1 200 metros). Dessa vez, optou por disputar apenas duas provas: o C1 1000 metros e o C2 1000 metros. Neste último, ficou em quarto lugar, ao lado do parceiro Jacky Godman.

Isaquias aproveitou para dedicar o ouro ao seu antigo técnico Jesus Morlán, que morreu em novembro de 2018, por causa de um tumor no cérebro. O comandante esperava pelo menos duas medalhas. Uma veio, no C1. “Eram duas. Não conseguimos a do C2, mas a gente pôde realizar o sonho que ele queria, me tornar um campeão olímpico. Eu e Lauro [Jardim, o novo técnico] trabalhamos muito. Essa medalha é minha e dele. Muita gente achou que ele não poderia dar continuidade ao trabalho de Jesus, e hoje ele mostrou que é capaz, não só de me levar ao pódio mas outros atletas também, que eu acredito muito nisso”, declarou. 

Essa é a segunda medalha da Bahia nos Jogos Olímpicos, ambas de ouro. A outra foi conquistada pela maratonista aquática Ana Marcela Cunha. Na madrugada deste sábado (7), o estado terá Hebert Conceição o representando no boxe, na grande final da categoria peso-médio (até 75 quilos), contra o ucraniano Oleksandr Khyzhniak. A luta começa às 2h45.

Mais tarde, às 8h30, Daniel Alves entra em campo com a seleção masculina de futebol, buscando o título olímpico contra a Espanha, em mais uma final. 

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