A população do município de Macarani tem vivido dias de transtorno desde o último domingo de Carnaval, quando as duas agências bancárias da cidade foram explodidas durante uma ação criminosa. Desde então, fazer transações bancárias simples como sacar dinheiro e pagar uma conta se tornou uma dor de cabeça no município do médio sudoeste da Bahia. O caixa eletrônico disponível mais próximo para a população fica em Itapetinga, cidade a 50 km e unida a Macarani por uma estrada que apresenta mais buracos que asfalto. “O estado da estrada é deplorável, mal se consegue andar a 40 km/h no trajeto, o que favorece muito os assaltos”, contou o vereador Glauber Costa ao lembrar os riscos da odisséia. “O Banco do Brasil disponibilizou dois funcionários para atender moradores de Macarani na agência de Itapetinga, mas a notícia de que as pessoas estão indo para a cidade vizinha atrás de dinheiro tem aumentado o risco de assalto na estrada ruim”, completou o edil em apelo.
Se a população passa pelo contratempo, lojistas do município têm se preocupado com as consequências da falta de bancos da cidade. A secretária Juliana Nascimento notou uma diminuição no movimento do comércio do local após a explosão das agências no último dia 12. “Sem dinheiro por aqui, as pessoas preferem gastar em Itapetinga mesmo”, lamentou. Não existe previsão para que a situação dos bancos no município se normalize. A Glauber Costa, o Bradesco informou que a agência deve voltar a funcionar em, no máximo, 40 dias. Com o maior número de correntistas em Macarani, a agência do Banco do Brasil não tem previsão para retornar as atividades.