Quando a água da chuva, neblina ou nevoeiro reage com alguns poluentes atmosféricos, como os óxidos de nitrogênio e os óxidos de enxofre, formando ácidos fortes que por serem altamente corrosivos, causam grandes prejuízos materiais, danificando a pintura de automóveis, o concreto dos edifícios e pontes (expondo a estrutura metálica que também acaba sofrendo corrosão) e os monumentos históricos, além de acidificar os habitat aquáticos e florestas inteiras. Com o desenvolvimento e o avanço industrial, os problemas inerentes às chuvas ácidas têm se agravado e ficado mais sérios. Um dos problemas é que estas chuvas podem ser transportadas por grandes distâncias, podendo cair em locais onde não há queima de combustíveis e onde os prejuízos serão sentidos.
A poluição que sai das chaminés é levada pelo vento, sendo que uma parte dela pode permanecer no ar durante semanas, antes de se depositar no solo. Nesse período, pode ter viajado muitos quilômetros. Quanto mais poluição permanece na atmosfera, mais a sua composição química se altera, transformando-se num complicado coquetel de poluentes que prejudica o meio ambiente. Atualmente, os olhares dos ambientalistas, principalmente no Ocidente, estão totalmente voltados para os problemas causados pelo aquecimento global, e o assunto “chuvas ácidas”deixou de ser prioridade. Um dos motivos para essa mudança de foco é que foram tomadas algumas medidas antipoluição nas grandes metrópoles, como a utilização da gasolina sem enxofre, a fabricação de catalisadores nas descargas dos automóveis para uma queima de combustíveis mais “limpa”, a instalação de filtros nas chaminés das indústrias. Todas essas medidas amenizaram a gravidade do problema, embora não tenham resolvido completamente. Já no Oriente, principalmente na China e na Índia, onde o uso de termelétricas a carvão é intenso, a chuva ácida persiste e é considerada um dos maiores problemas ambientais e econômicos a serem enfrentados em pleno século XXI.