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Menino Prodígio: Estudante de Caruaru cria fórmula de multiplicação

6 outubro 2015 | 14:21

A criação será apresentada hoje às 19h30 aos estudantes e professores do Colégio Diocesano de Caruaru, onde Renato estuda. (Foto: Divulgação)

A criação será apresentada hoje às 19h30 aos estudantes e professores do Colégio Diocesano de Caruaru, onde Renato estuda. (Foto: Divulgação)

Uma fórmula matemática inédita que ajuda a multiplicar os números por nove de maneira simplificada foi criada por um estudante pernambucano de 13 anos. Fazendo os exercícios de casa, o caruaruense Renato Sette, aluno do 8º ano (antiga 7ª série), descobriu uma forma de chegar aos resultados da multiplicação sem usar os métodos tradicionais ensinados pelos professores. Decidiu inventar uma forma própria de calcular. Depois de mostrar o feito aos familiares e professores, a descoberta foi registrada, em maio, no 1º Cartório de Registro Civil de Caruaru pelo pai, o procurador federal José de Barros Souto. “Não temos o objetivo de patentear. Registramos apenas para comprovar o feito”, diz o pai. Nomeada “Método Sette de Multiplicação”, a criação será apresentada hoje às 19h30 aos estudantes e professores do Colégio Diocesano de Caruaru, onde Renato estuda.

O estudante conta que não achava matemática fácil até conversar com uma colega de turma que dominava sem dificuldades os números. “Ela disse que aprendeu por uma metodologia que incentiva a autonomia nos estudos. Pedi aos meus pais para me matricularem no curso onde ela estudava e aprendi que matemática só é difícil porque você não reflete sobre o que está fazendo e repete operações automaticamente. Quando você entende, tudo fica mais fácil”, afirma Renato. “Ele sempre foi dedicado e nunca deu trabalho para estudar. Mesmo assim, não esperávamos que fosse descobrir algo novo. Foi surpreendente e nos deu muito orgulho e alegria”, conta a mãe de Renato, a advogada Magda Souto. A coordenadora do departamento de matemática do Diocesano, Cacilda Tenório, foi uma das primeiras a examinar os cálculos. Ela conta que mostrou a forma de realizar operações matemáticas criada pelo aluno a outros professores, mas nenhum conhecia o método. A professora também fez buscas em artigos científicos e em publicações especializadas pela internet para confirmar o ineditismo da fórmula.“Não encontramos nenhum registro anterior”, disse Paulo Câmara da UFPE.