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Morre aos 39 anos a deputada federal e dirigente do PL Amália Barros

12 maio 2024 | 9:04

Jair Bolsonaro comunicou o falecimento da parlamentar de 39 anos, vice-presidente do PL Mulher e que emprestou nome a lei federal. Foto:Reprodução/Câmara dos Deputados

Morreu na noite de sábado (11) a deputada federal Amália Barros, do PL do Mato Grosso. O comunicado foi feito por Jair Bolsonaro em WhatsApp enviado a aliados na madrugada de domingo. A informação é do colunista do Metrópoles Paulo Cappelli.

“Com muita dor, informo o passamento da nossa amiga e irmã deputada Amália Barros, de Mato Grosso. Deus, em sua infinita bondade, a receba e conforte seus familiares e amigos”, escreveu o ex-presidente. A parlamentar era muito próxima de Michelle Bolsonaro e ocupava a vice-presidência do PL Mulher.

Cappelli aponta que Amália Barros foi internada em estado grave na UTI do hospital Vila Nova Star, em São Paulo. Na última quinta-feira (09), a deputada passou por um novo procedimento cirúrgico de “radiointervenção”, que é basicamente uma operação minimamente invasiva com o auxílio de imagem, agulhas e cateteres. O último boletim médico divulgado na sexta-feira (10) já informava que a parlamentar seguia sem previsão de alta.

O Metrópoles destaca que Amália Barros estava internada desde 1º de maio, quando foi ao hospital fazer a retirada de um nódulo no pâncreas. No dia 2, a deputada fez o procedimento de drenagem das vias biliares, para retirar o líquido biliar em excesso do fígado. A transferência de Amália para a UTI se deu depois de uma “reabordagem cirúrgica”.

Eleita com o apoio de Michelle para seu primeiro mandato em 2022, a deputada era muito próxima da família Bolsonaro. Na maioria das vezes em que o ex-presidente ia para o Mato Grosso, ele costumava passar alguns dias no rancho de propriedade de Amália. Ela era casada com o empresário e influenciador Thiago Boava. A morte da parlamentar também foi lamentada por políticos como o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, e o senador Flávio Bolsonaro, acrescenta Cappelli.

Amália Barros perdeu a visão do olho esquerdo aos 20 anos, após uma infecção por toxoplasmose. Ela se submeteu a 15 cirurgias, mas em 2016 precisou remover o olho e passou a usar um globo ocular. Em 2019, foi protocolado no Congresso Nacional um projeto de lei intitulado “Lei Amália Barros”.

O PL conferia a portadores de visão monocular os mesmos direitos e benefícios das pessoas com deficiência. Aprovado na Câmara e no Senado, o texto foi sancionado pelo então presidente Bolsonaro em março de 2021 e alterou o Estatuto da Pessoa com Deficiência. Amália Barros lutou pelo projeto e, em 2022, elegeu-se deputada federal com 70 mil votos, tendo o apoio de Michelle Bolsonaro. No parlamento, ela destinava especial atenção às pautas de inclusão.

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