A Petrobras confirmou a expectativa do mercado financeiro e anunciou prejuízo no terceiro trimestre de 2015, o terceiro número negativo nos últimos cinco trimestres. O resultado ficou em R$ 3,759 bilhões, menos adverso do que o prejuízo de R$ 5,339 bilhões acumulado de julho a setembro do ano passado. Entre janeiro e setembro, o balanço da estatal ainda é positivo, com lucro de R$ 2,102 bilhões, queda de 58,1% sobre o mesmo período do ano passado. O prejuízo foi ainda mais negativo do que a expectativa de analistas que acompanham a estatal. A média das projeções de cinco casas consultadas (Brasil Plural, BTG Pactual, Itaú BBA, HSBC e uma quinta casa que pediu para não ser identificada) apontava para um prejuízo de R$ 2,345 bilhões. A diferença entre os dois valores ficou em 60,3%. Mais uma vez, os números da Petrobras foram afetados por itens extraordinários. A companhia incluiu no Programa de Parcelamento Especial (Refis) uma dívida estimada em R$ 6 bilhões e com isso reduziu o valor do passivo para R$ 3 bilhões. Como R$ 876 milhões são liquidados com prejuízos fiscais, o impacto da operação no resultado trimestral foi de cerca de R$ 2 bilhões, líquido de impostos.