A Polícia Federal (PF) concluiu o inquérito sobre corrupção no setor portuário e afirmou que o presidente Michel Temer (MDB) e outras dez pessoas praticaram os crimes de corrupção passiva, ativa, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Com o inquérito concluído, a PF pediu o bloqueio de bens de todos os indiciados, inclusive os do presidente. De acordo com o jornal Folha de S.Paulo, o delegado Cleyber Malta Lopes também pediu a prisão de quatro investigados, entre eles o coronel João Baptista Lima Filho, amigo de Temer e da filha do presidente, Maristela Temer.
O emedebista é investigado por um decreto assinado que permitiu ampliar de 25 para 35 anos os prazos dos contratos de concessões e arrendamentos no porto firmados após 1993. O caso está com o ministro Luís Roberto Barroso no Supremo Tribunal Federal (STF). Um dos pontos do relatório da PF é uma reforma realizada na casa da filha do emedebista, entre 2013 e 2015. Como a Folha revelou em abril, a mulher do coronel, Maria Rita Fratezi, pagou em dinheiro vivo despesas da obra do imóvel de Maristela Temer. Também foram indiciados Rodrigo Rocha Loures, seu ex-assessor, Antonio Greco, ex-diretor da Rodrimar, Ricardo Mesquita, também da Rodrimar, Gonçalo Torrealba, diretor do grupo Libra, o coronel João Baptista Lima Filho e sua mulher, Maria Rita Fratezi, amigos de Temer, Carlos Alberto Costa e seu filho, diretor da Argeplan, e Almir Ferreira, contador da Argeplan.