A Polícia Federal prendeu, nesta terça-feira (31), na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, o miliciano Taillon de Alcântara Pereira e Barbosa e seu pai, Dalmir Barbosa.
No início do mês, um médico baiano foi executado no mesmo local da prisão após ter sido confundido com o miliciano. Durante a ação criminosa, outros dois médicos também morreram. Outros três homens que faziam a segurança de Taillon também foram presos. Eles seriam policiais militares.
Taillon já foi condenado por chefiar a milícia de Rio das Pedras, na Zona Oeste do Rio. O grupo comandado por ele disputa o controle do território com outra facção que domina a Cidade de Deus. Foi neste local que os homens que mataram os médicos teriam se abrigados após o crime.
A organização criminosa seria responsável pelo transporte alternativo de vans e mototáxi, além de serviços básicos como fornecimento de água, gás e TV a cabo. Ainda conforme investigação do Ministério Público do Rio Janeiro, os milicianos extorquiam comerciantes com ameaças, usando inclusive armas de fogo de grosso calibre.
Relembre – Na madrugada do último dia 5 de outubro, três médicos ortopedistas, entre eles um baiano, identificado como Perseu Ribeiro Almeida, de 33 anos, e o irmão da deputada Sâmia Bomfim (PSOL-PS), foram surpreendidos por homens armados e executados a tiros, em um quiosque da Praia da Barra da Tijuca, no RJ. Uma quarta pessoa também foi baleada mas foi socorrida. Eles estavam na cidade para um congresso internacional de ortopedia.
De acordo com a Polícia Civil, o crime pode ter sido uma execução, já que nada foi levado das vítimas. Os suspeitos chegaram a bordo de um carro e desceram do veículo atirando. Foram deflagrados pelo menos 20 disparos. Um dos suspeitos ainda voltou para atirar mais uma vez em um dos médicos que tentava se esconder atrás do quiosque.