O advogado de Luís Cláudio Lula da Silva, filho do ex-presidente Lula, criticou a decisão da Polícia Federal de realizar investigação no escritório que sedia duas empresas do seu cliente, como parte da Operação Zelotes. Ele classificou a ação como despropositada e já pediu à justiça acesso ao material que resultou no mandado de busca e apreensão no escritório que sedia a LFT Marketing Esportivo e a Touchdown Promoção de Eventos Esportivos, que organiza uma competição nacional de futebol americano. A operação Zelotes investiga fraudes no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), que é ligado ao Ministério da Fazenda. Quadrilhas atuavam no Conselho e anulavam ou reduziam multas com a Receita Federal, através do pagamento de propina para membros do conselho. A estimativa é que os desvios somem até R$ 19 bilhões. Em nota, o advogado Cristiano Zanin Martins afirma que as empresas jamais tiveram qualquer relação, direta ou indireta, com o Carf. Ele ressalta que a Touchdown Promoção de Eventos Esportivos não realiza uma atividade que tenha relação com o que é investigado pela Operação Zelotes. Já a LFT Marketing Esportivo é suspeita de receber dinheiro da Marcondes & Mautoni, empresa de lobistas que ajudaram na aprovação da medida provisória que prorrogou a isenção de IPI para a indústria automobilística. “A simples observação da data da constituição da empresa é o que basta para afastá-la de qualquer envolvimento com as suspeitas levantadas”, defendeu Martins. “A citada MP foi editada em 2009 e a LFT constituída em 2011 –2 anos depois. A prestação de serviços da LFT para a Marcondes & Maltoni ocorreu entre 2014 e 2015– mais de 5 anos depois da referida MP”.