A venda dos Correios pelo governo federal pode gerar um contingente de demissões de 40 mil pessoas. Em conversas reservadas reveladas pelo jornal Folha de S.Paulo, executivos de empresas privadas relataram que fariam o mesmo serviço com praticamente a metade do quadro atual de 100 mil funcionários.
O governo não pretende absorver os demitidos após a privatização dos Correios pelo temor de criar um precedente para os expurgos de estatais vendidas no futuro.
Antes da venda, o governo ainda terá que avaliar formas de tapar o rombo de cerca de R$ 11 bilhões deixado pelos governos passados no fundo de pensão Postalis e de R$ 3 bilhões no plano de saúde dos funcionários. Uma das opções é descontar do valor a receber, mas isso será definido no desenho da venda.
Os planos de privatização dos serviços postais dos Correios, pela complexidade, deve ser discutido apenas em 2021.