Os procuradores da Operação Lava Jato devem retornar aos cofres públicos os custos das diárias e viagens que receberam durante as atividades na força-tarefa. O valor soma aproximadamente R$2,2 milhões. A decisão é do Tribunal de Contas da União. O relator do caso, o ministro Bruno Dantas, chegou à conclusão de que os gastos prejudicaram o erário e foi rentável para os procuradores participantes, havendo violação do princípio da impessoalidade.
Até o momento, devem devolver os valores os procuradores Antônio Carlos Welter, Carlos Fernando dos Santos Lima, Diogo Castor de Mattos, Januário Paludo e Orlando Martello Júnior. São quase R$2,1 milhões em diárias e R$451 mil em passagens.
Rodrigo Janot, antigo procurador-geral da República e que esteve à frente do Ministério Público Federal durante a Lava Jato, e Deltan Dallagnol, coordenador da operação em Curitiba, também devem ser citados para devolverem os recursos solidariamente.
Caso todos os indicados sejam condenados definitivamente, eles estarão inelegíveis. A investigação do TCU foi iniciada após representação do subprocurador-geral do Ministério Público junto ao TCU, Lucas Furtado, e parlamentares que questionam os custos da Lava Jato. Os procuradores ainda têm a possibilidade de defesa para tentar evitar o ressarcimento.