Por conta das baixas vazões dos rios que abastecem o oeste baiano, a Associação dos Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba) vai suspender a partir de julho a produção em mais da metade da área irrigada por pivôs (sistema de irrigação). Devido a isso, produtos como o feijão deixarão de ser produzidos na região. Em torno de 1 milhão de sacas vão deixar de ser produzidas, o que pode ocasionar em mais aumento do valor do produto, vendido em alguns lugares por mais de R$ 10. Segundo a entidade, dos 120 mil hectares irrigados, em torno de 72 mil ha ficarão com os equipamentos desligados até outubro, quando é esperado o período chuvoso nos rios e aquíferos da região. A medida serve para adequar a água disponível por conta da estiagem. “É importante ressaltar que é uma iniciativa da categoria, e não uma decisão imposta por autoridades”, diz o diretor de Águas da Aiba, José Cizino Lopes. Conforme o presidente da Aiba, Júlio Busato, a interrupção vai impactar na economia com desemprego e falta de abastecimento. Outros produtos não podem ser interrompidos por ser culturas perenes, como o café, ou mais sensíveis à falta d’água, como a produção de sementes.