Economizar água até o limite é o lema pregado pelo presidente da Agência Nacional de Águas (ANA), Vicente Andreu Guillo, pelo menos até o final de 2016. Em evento em Salvador [Agropec Semiárido], que discutiu a situação do semiárido, nesta segunda-feira (14), Vicente Andreu chamou a atenção para o agravamento do El Niño [fenômeno que acentua a seca no semiárido baiano], como também para a necessidade de agentes públicos e produtores pouparem água. Para Vicente Andreu, é preciso que os produtores se impliquem com a necessidade de reduzir o consumo de água, e não confiar apenas em ações de fiscalização. “Não é fiscalização nem polícia que vão resolver o problema da água. Isso é um problema climático, como também um problema social, que depende também da organização de todos os produtores rurais”, disse. De acordo com o presidente da ANA, uma série de medidas ainda devem ser adotadas pela União, estados e municípios para poupar água. “Nós precisamos economizar ao máximo a água existente de maneira que a gente possa garantir o abastecimento nas cidades e manter a produção agrícola e pecuária no semiárido”, afirmou. Vicente Andreu chegou a falar do dilema do Rio São Francisco, que vive uma das piores estiagens da história, e declarou que é preciso tomar medidas nas regiões ribeirinhas, já que o rio “praticamente” não tem afluentes depois que sai do território de Minas Gerais, onde está localizada a nascente.