O desfecho da trilogia de Isaquias Queiroz na Lagoa Rodrigo de Freitas veio com medalha de prata, sua segunda nesta Olimpíada do Rio. Embora tenha faltado o ouro na coleção do menino prodígio da canoagem, que já havia conquistado prata na C1 1000m e bronze na C1 200m, o pódio na final da canoa dupla (C2) 1000m neste sábado, acompanhado pelo parceiro Erlon de Souza, coloca Isaquias em um patamar nunca antes alcançado por atletas brasileiros: ele é o primeiro do Brasil a conseguir três medalhas em uma mesma edição dos Jogos Olímpicos. Isaquias e Erlon chegaram à Olimpíada do Rio como os atuais campeões mundiais da canoa dupla, título conquistado em 2015, em Milão, na Itália. Naquela ocasião, os brasileiros haviam desbancado na decisão duas duplas que também estavam na final de hoje, mas que não eram favoritas por medalha: Henrik Vasbányai e Robert Mike, da Hungria, e Jaroslav Radon e Filip Dvorak, da República Tcheca.
As duplas mais fortes da decisão deste sábado, porém, não estavam naquele Mundial. Era o caso, por exemplo, dos ucranianos Dmytro Ianchuk e Taras Mishchuk, que foram vitoriosos na etapa de Duisburg da Copa do Mundo de canoagem no início deste ano, quando Isaquias e Erlon ficaram apenas na sétima posição. Isso para não falar do alemão Sebastian Brendel, que tirou o ouro de Isaquias na C1 1000m e na prova deste sábado, com seu compatriota Jan Vandrey. Isaquias, de 22 anos, encerra as competições de canoagem, neste sábado, tendo cumprido a meta estipulada pelo seu treinador, o espanhol Jesus Morlán, antes do início dos Jogos: conquistar três medalhas na Olimpíada do Rio. Além disso, a medalha deste sábado representa o primeiro pódio olímpico de Erlon Souza, que embora mais velho (25 anos), foi descoberto praticamente junto com o companheiro, em 2008.