A próxima edição do festival carioca Rock in Rio, marcada para acontecer entre os dias 15, 16, 17, 21, 22, 23 e 24 de setembro, poderá ser a última do evento no Brasil. Foi o que deu a entender seu idealizador, Roberto Medina, em entrevista concedida à Veja Rio. “Se nada mudar neste país, esse será o meu último Rock in Rio. Não faz sentido ficar aqui. E não é para ir para Portugal, é para sair daqui. Não consigo conviver com tanta incompetência, tanta falta de cidadania”, afirmou o empresário. Para ele, os brasileiros foram acometidos por um “imobilismo” e uma “falta de reação” diante dos escândalos políticos. “O que me incomoda é a apatia da sociedade como um todo, e aí incluo os políticos, empresários e os cidadãos comuns”, disse. Para ele, somente o turismo pode ajudar a superar a crise vivenciada pelo país. “Um estudo recente da Fundação Getúlio Vargas revelou que o Rock in Rio injeta R$ 1,2 bilhão na economia. A mesma pesquisa mostra que, se você acrescentar um dia à permanência dos turistas no Carnaval e no réveillon e montar um calendário estruturado de eventos, nossa receita anual com turismo pode aumentar em 20%, coisa de R$ 6,5 bilhões”, afirmou. Apesar da insatisfação de Roberto Medina, a edição 2017 do festival está confirmada. Entre as atrações principais, estrelas internacionais como Lady Gaga, Justin Timberlake, Fergie (ex-Black Eyed Peas) e Bon Jovi, além das bandas Aerosmith, Guns N’ Roses, The Who e Red Hot Chilli Peppers. Os ingressos para todas as noites do evento estão esgotados.