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Salvador: Soldada da Rondesp é a primeira especialista para atuação em grandes confrontos

18 julho 2017 | 0:04

Alane Benedetto, 31 anos, é a única mulher do estado a se tornar especialista em Patrulhamento Tático  (Foto: Marina Silva/CORREIO)

Alane Benedetto, 31 anos, é a única mulher do estado a se tornar especialista em Patrulhamento Tático
(Foto: Marina Silva/CORREIO)

“A Rondesp não existe para instalar o paraíso, mas para evitar que o inferno se instale.” A frase, pintada na parede do pátio da Companhia Independente de Policiamento Tático Atlântico (CIPT/Atlântico), no bairro do Costa Azul, anuncia para os visitantes: ali estão os policiais militares conhecidos por serem os mais “linha-dura” do estado. Ou como preferem falar, os profissionais mais preparados para situações consideradas “delicadas”. Entre o quadro de 90 policiais, uma em especial chama atenção. Alane Benedetto, 31 anos, que serve a PM há seis, conseguiu um grande feito. Ela é a única mulher do estado, em um grupo com 56 homens, a se tornar especialista em Patrulhamento Tático Móvel (Patamo) – subunidade do Batalhão de Polícia de Choque, criada para atuar em ações emergenciais nos bairros em situações de grandes confrontos, principalmente naqueles com presença do tráfico de drogas. A especialização prepara o PM para se comportar em situações de grande pressão psicológica e que exige grande esforço físico. 

E até se tornar um especialista, os PMs precisam, além da preparação física e psicológica, enfrentar uma maratona desgastante de testes. Para se ter uma ideia, nem todos os inscritos conseguem chegar até o final do curso que, neste ano, teve duração de 60 dias. Muitos acabam ficando no meio do caminho, tamanha a dificuldade das provas. Educadora física, Alane resistiu até o final. Ficou na lista dos 25 profissionais aprovados, desbancando muitos marmanjos e ostentando a 6ª colocação. O curso contou com a participação de 45 pessoas, e a primeira etapa foi o Teste de Aptidão Física (TAF), que aconteceu em maio.

Nesse teste que antecedeu a formação, os candidatos participaram de provas de natação, corrida, abdominais e flexões. Sobre a especialização, a PM prefere não revelar muita coisa, apenas conta que nem todo mundo é capaz de suportar. “São questões que vão dizer se o aluno pode continuar ou não. São vários motivos e, infelizmente, alguns não conseguiram continuar.” Foi a segunda tentativa para integrar o seleto grupo de oficiais e praças especialistas em Tático Móvel.

Do período de formação, ficaram as marcas que a PM carrega com ela, sinais de quão difícil foi chegar até lá. São cicatrizes espalhadas nas mãos, pernas e joelhos que, para ela, significam resistência e amor pela profissão. “São de superação, é uma honra tê-las. Não é problema nenhum, pelo contrário, mostra o quanto sou forte e o quanto eu adquiri de aprendizado nessa etapa da minha vida”, pontua. “Não passei na primeira, mas me preparei durante um ano, concentrando-me em atividades físicas mais pesadas, para ficar em condições de participar desta segunda turma”, ressaltou.