O Tribunal de Contas da União (TCU) registrou R$ 1,41 bilhão em doações irregulares nas eleições municipais deste ano. Com base nas prestações de contas dos candidatos e banco de dados de órgãos federais, o volume representa quase a metade do montante arrecadado por candidatos e partidos em 2016 – cerca de R$ 2,227 bilhões, de acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). De acordo com O Globo, o cruzamento de dados mostra ainda que uma pessoa registrada como beneficiária do Bolsa Família efetuou doação de R$ 75 milhões. Também foi constatado que uma pessoa sem renda compatível doou R$ 50 milhões.
Já o número de doadores falecidos subiu para 290. O número de casos suspeitos chega a 259.968, entre eles o de uma agência publicitária com apenas dois funcionárias, que foi contratada para campanha por R$ 219 mil. Em outro caso, uma empresa de produções cujo sócio é beneficiário do Bolsa Família prestou serviço por R$ 3,5 milhões. Este é o sexto cruzamento de dados do TCU entregue ao TSE desde setembro, quando a somatória das quantias suspeitas era R$ 116 milhões. Na semana seguinte, o valor ultrapassou R$ 275 milhões, chegou a R$ 388 milhões e no final de setembro passou para R$ 554 milhões. No começo de outubro, o montante suspeito passou dos R$ 659 milhões.