O Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE-RJ) aprovou a inelegibilidade do prefeito da capital, Marcelo Crivella (Republicanos), também pré-candidato à reeleição. O julgamento desta quinta-feira (24) terminou com 7 votos a 0.
De acordo com informações do G1, a sessão foi retomada após o desembargador Vitor Marcelo Rodrigues ter pedido vistas para analisar o processo, quando a votação já estava 6 votos a 0. Nomeado por Jair Bolsonaro no último dia 31, o desembargador alegou que teve pouco tempo para se inteirar do julgamento.
Crivella ficará inelegível nesta eleição, exceto se a situação for revertida no Tribunal Superior Eleitoral. A condição tem validade até 2026. O advogado do prefeito, Rodrigo Roca, afirmou que vai pedir a suspeição do desembargador Gustavo Teixeira, que seria advogado da Lamsa, concessionária da Linha Amarela, que vive conflito jurídico com a gestão municipal.
O prefeito do Rio de Janeiro é acusado de abuso de poder político e conduta vedada, após reunião com funcionários da companhia de limpeza urbana do município na quadra Estácio de Sá. Na ação movida pelo PSOL e pela Procuradoria Regional Eleitoral (PRE), é alegado que veículos oficiais foram usados para transportar empregados na hora do expediente, que Crivella agradeceu ao presidente da companhia por ajudar seus candidatos e que o candidato Alessandro Costa pediu votos ao filho do prefeito. Na reunião, Marcelo Hodge Crivella, filho do prefeito, foi apresentado como pré-candidato a deputado.