A Universidade de São Paulo (USP), responsável pelo desenvolvimento da vacina contra malária, divulgou em seu site, nesta terça-feira (06), que o imunizante deve começar a ser testado em seres humanos em 2023. O antiviral tem como base a proteína quimérica universal.
Quando testada em camundongos, ela conseguiu controlar a atividade do parasita responsável pelo tipo de malária mais comum no Brasil, o Plasmodium vivax. “Os imunizantes recomendados pela Organização Mundial de Saúde (OMS) têm pouca eficácia no Brasil, porque são contra outra espécie de parasita que tem alta incidência na África.
Por isso, estamos ansiosos para começar logo os estudos clínicos, avaliar a segurança e a capacidade dela em proteger a população”, explica a professora da Faculdade de Ciências Farmacêuticas (FCF) da USP, Irene Soares. Ela também é coordenadora do estudo.
O imunizante está sendo produzido em parceria com a Universidade de Nebraska, nos Estados Unidos. A previsão é que a tecnologia seja transferida para o Brasil assim que a vacina for aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e a Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep).
Só em 2020, foram notificados mais de 145 mil casos da doença, maioria na Amazônia, segundo dados do Ministério da Saúde.