Nesta segunda-feira (1), a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou situação de emergência internacional para o atual surto de zika vírus. O alerta foi emitido por recomendação do Comitê de emergência criado na semana passada que tem como objetivo investigar o vírus e seus efeitos. Segundo o The Guardian, Margareth Chan, diretora-geral da OMS, disse que não há motivos para introduzir restrições a viagens, porém que o combate ao transmissor do zika vírus, o mosquito Aedes aegypti, deve ser o principal alvo da atenção mundial. Segundo Chen, “apesar de ainda não ter sido estabelecida uma relação causal entre o vírus zika e as malformações congênitas e síndromes neurológicas (microcefalia), há fortes motivos para suspeitar de sua existência”. A declaração de estado de emergência de saúde pública mundial deve ajudar com uma maior mobilização entre países no combate à expansão do vírus e na investigação de sua possível relação com o aumento do número de casos de microcefalia. O órgão internacional está sob pressão para agir rapidamente na luta contra a epidemia de zika vírus após críticas em sua atuação no surto de ebola em 2014. Com a declaração de emergência global, haverá uma maior mobilização entre os países na arrecadação de fundos para o combate ao mosquito, o que significa a realização de novos estudos e a busca de uma vacina. A OMS declarou situação de emergência internacional em três outras ocasiões: com o vírus H1N1, em 2009, o polivírus selvagem, em 2014, e o ebola, também em 2014.