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Brumado: Nota à sociedade brumadense – Os tiranos como caçadores de direitos

30 março 2017 | 9:40

Foto: Acervo Pesooal

Foto: Acervo Pesooal

Cidadãos brumadenses, cuidado! Cacemos os tiranos antes que eles cacem a nossa dignidade. O ato mais nobre de qualquer tirania, abuso de poder, é produzir injustiça e celebrar o cinismo como atitude democrática. O atual gestor de Brumado assim se comporta com o aval de uma maioria de capachos e traidores da democracia incrustados na câmara municipal e em algumas secretarias. Quando políticos se acham senhores do povo o escravismo vem a galope. Em Brumado, a redução do tempo da licença maternidade, a extinção da guarda municipal, a retirada da representatividade do sindicato (Aplb) e outra medidas são apenas algumas das violências praticadas contra a classe trabalhadora. A tirania quando se ver acuada sempre procura confundir a opinião pública sinalizando “respeito” quando, na verdade, a desrespeita atentando contra a honra da classe trabalhadora. Isso é cinismo. A tirania propaga a sua autoridade espalhando seus familiares no poder, como pragas humanas, operando a máquina pública em benefício dos interesses pessoais e dos seus correligionários, visando à perpetuação. Eles desconhecem que a alternância é necessária para a democracia. Os tiranos não entendem que os políticos, num Estado democrático de direitos, devem lutar junto com o povo pelo bem comum, o que, logicamente, contraria a retirada de direitos. O tirano é sempre imoral. Ele cumpre apenas aquelas leis cujo espírito é antidemocrático, como por exemplo, aquelas que sustentam regime político em que o poder é exercido por um pequeno grupo de pessoas, pertencentes ao mesmo partido, classe ou família, as oligarquias. Brumado está, aos poucos se tornando um pequeno e oligárquico feudo, e o povo, os servos da propriedade feudal do senhor absoluto. Os professores de Brumado, enquanto classe, tem lutado contra a mais grave de todas as formas de violência, a injustiça, que se manifesta das mais variadas formas. É preciso lembrar aos tiranos que, o poder político numa democracia, não pode ser governo de um só. Lamentamos o curto entendimento dos tiranos que não lhes permite enxergar que, com uma simples caneta autoritária, como eles sempre o faz, fere a dignidade das famílias das classes trabalhadoras. Os tiranos insistem em torná-las subalternas.  A autoridade tirânica é sádica, ela sente prazer com sofrimento do alheio. Oprimir o povo, os mais fracos, e usá-los em sua ignorância faz parte da lógica dos seus interesses particulares. O tirano se vê chefe do povo, não o seu representante. Brumado tem se destacado na Bahia como o mais bem administrado feudo contemporâneo, a mais competente oligarquia, o mais absoluto regime que interfere até nas questões da fé. Se os santos católicos não ficarem atentos lhes tirarão até o “direito de culto e devoção”, afinal, nem os feriados santos escapam à tirania da autoridade individual e oligárquica do representante do regime absoluto de Brumado.

Gilvan Moreira da Silva, professor da Rede municipal e estadual de educação em Brumado.