Em votação aberta, os senadores mantiveram a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que decretou a prisão cautelar do senador Delcídio Amaral (PT-MS). Por 59 votos, os senadores optaram por manter Delcídio preso, apesar de não haver configuração de flagrante ou crime inafiançável, como previsto na Constituição Federal para justificar a prisão de membros do Congresso Nacional. Durante a sessão, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-SE) chegou a argumentar que o próprio procurador-geral da República, Rodrigo Janot, admitiu o ineditismo ao tratar sobre o tema. “Pela excepcionalidade e pela falta de precedente, esta Casa deve se decidir sobre a amplitude da decisão. O próprio procurador-geral da República reconhece a dificuldade de se prender preventivamente um congressista”, sugeriu Calheiros. O presidente apontou ainda opções dadas por Janot caso a prisão de Delcídio não fosse mantida: suspensão do exercício do mandato, uso de dispositivo de monitoramento e a proibição de contato com investigados na Operação Lava Jato. Treze senadores defenderam o relaxamento de prisão de Delcídio. Com a prisão do petista, o governo deve escolher um novo líder no Senado. Durante a sessão, houve o debate se a votação seria aberta ou secreta