Vice-presidente da República, o general Hamilton Mourão afirmou, nesta segunda-feira (4), que o Superior Tribunal Federal (STF) ultrapassou limites ao suspender a indicação de Alexandre Ramagem, por parte do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), ao cargo de diretor-geral da Polícia Federal. Mourão também criticou a determinação que impediu o governo do Brasil de expulsar diplomatas venezuelanos.
“Julgo que cada um tem que navegar dentro dos limites da sua responsabilidade”, disse Mourão, em entrevista a uma rádio do Rio Grande do Sul. Em referência à indicação de Ramagem – que é amigo do clã Bolsonaro -, e também aos aliados de Nocolás Maduro -, o vice-presidente considerou que não houve “harmonia” entre os poderes.
“Os casos mais recentes, que foi da nomeação do diretor-geral da Polícia Federal, a questão dos diplomatas venezuelanos eram decisões que são do presidente da República. É responsabilidade dele, é decisão dele escolher seus auxiliares, assim como chefe de Estado ele é o responsável pela política externa do país”, disse o general.
Mourão disse ainda que “os Poderes têm que buscar se harmonizar mais e entender o limite da responsabilidade da cada um”.