O Ministério Público Federal (MPF) apontou que o sistema que envolvia o ex-governador Sérgio Cabral (PMDB) usou 15 contas bancárias em sete países para esconder as propinas arrecadadas pelo esquema de corrupção. Segundo o MPF, a quadrilha movimentou US$ 100,1 milhões no exterior, o que equivale a R$ 318 milhões, além de € 1,2 milhão e US$ 1 milhão em diamantes e US$ 247,9 mil em ouro. A nova frente de investigação aponta que houve recebimento e lavagem de dinheiro oriundos da Odebrecht. As outras investigações eram relacionadas com propinas cobradas a partir de obras da Andrade Gutierrez e da Carioca Engenharia. O MPF sustenta que Cabral cometeu crime de lavagem de dinheiro 30 vezes, praticou evasão de divisas 25 vezes e incorreu em corrupção passiva em nove ocasiões. “O vultuoso volume de recursos obtidos em razão dos crimes praticados pelo grupo criminoso exigia uma forte estrutura destinada à movimentação e lavagem do dinheiro da propina, razão pela qual uma série de agentes passaram a integrar a organização criminosa com tal finalidade, realizando, na divisão de tarefas da organização, a função de operadores financeiros”, escreveram os procuradores.