Critérios como justificativa turística, presença de manifestações culturais tradicionais das festas juninas e estrutura receptiva do município serão adotados para seleção
Vai até o dia 20 o Edital de Seleção Pública para a Celebração de Convênios de Cooperação Técnica e Financeira para a Viabilização do São João da Bahia e demais Festas Juninas. Promovido pelo Governo do Estado, por meio da Superintendência de Fomento ao Turismo do Estado da Bahia (Bahiatursa), engloba eventos a serem realizados de 01 de junho a 02 de julho de 2022.
As prefeituras interessadas devem levar sua documentação, presencialmente, na sede da Bahiatursa, de segunda a sexta-feira, entre 8h30 e 12h, e de 13h30 às 18h, no Protocolo Central da Bahiatursa, na 3ª Avenida, nº 390, Plataforma IV, térreo, Centro Administrativo da Bahia (CAB). O valor do apoio vai de R$ 50 mil a R$ 140 mil.
O presidente Jair Bolsonaro vetou o projeto conhecido como nova Lei Aldir Blanc, que previa a criação de uma política nacional permanente para fomento à cultura, com a previsão de repasses anuais de R$ 3 bilhões da União para estados e municípios. A proposta foi aprovada pelo Senado em março, por 74 votos a favor e nenhum contrário, com uma abstenção.
De acordo com publicação no Diário Oficial da União desta quinta-feira (5), o veto foi decidido porque o projeto foi considerado inconstitucional e contrário ao interesse público. Segundo o veto de Bolsonaro, o projeto retira a autonomia do Poder Executivo em relação à aplicação de recursos, enfraquece as regras de priorização, monitoramento, controle, eficiência, gestão e transparência ao permitir que estados e municípios gerenciem recursos do Fundo Nacional de Cultura por meio de editais, chamadas públicas e outros instrumentos de fomento.
A Política Nacional Aldir Blanc é inspirada na lei aprovada pelo Congresso Nacional em 2020 e que garantiu auxílio-emergencial e recursos para manutenção de espaços culturais e programas de fomento ao setor cultural durante a pandemia da Covid-19. Um dos mais importantes letristas da música brasileira, Blanc morreu aos 73 anos no dia 4 de maio de 2020, vítima da Covid-19.
A atriz Fernanda Montenegro, considerada uma das damas do teatro nacional, tomou posse nesta sexta-feira (25) à noite, na Academia Brasileira de Letras (ABL). Única concorrente à vaga, ela recebeu, no dia 4 de novembro do ano passado, 32 dos 35 votos possíveis e, aos 92 anos, é a primeira mulher a assumir a cadeira 17, sucedendo o diplomata Affonso Arinos de Melo Franco (1930-2020).
Em seu discurso, Fernanda Montenegro agradeceu a classe artística e destacou a posse de uma atriz para a ABL “William Shakespeare deixou eternizado esse conceito estrutural da afirmação de uma arte. O mundo é um palco e todos nós, seres humanos, somos atores nesse palco. Agradeço muito ao meu coração e minha razão por estar sendo aceita nesta casa, protagonista, referenciada, da nossa mais alta cultura, que é a Academia Brasileira de Letras”, disse.
“Emocionada, tomo posse da cadeira número 17. Sou atriz, venho desta mística arte arcaica que é o teatro. Sou a primeira representante da cena brasileira a ser recebida nesta casa. Esse meu ofício expressa uma estranheza compreensão. A raiz dessa arte está na complexidade de só existir através do corpo e da alma de ator ou de uma atrizao trazer a literatura dramática para a verticalidade cênica”, acrescentou
Logo após ser eleita, Fernanda manifestou em sua rede social, que a Academia Brasileira de Letras é um referencial cultural de 125 anos. “Abrigou e abriga representantes que honram a diversidade da nossa criatividade em várias áreas. Vejo a academia como um espaço de resistência cultural. Agradeço a oportunidade”.
A atriz recebeu a notícia da eleição por meio da também imortal da ABL, Nélida Piñon.
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por Alexandre Brochado
O ator baiano Rodrigo Lelis foi escolhido para interpretar o ícone da MPB Caetano Veloso no filme “Meu Nome é Gal”, que conta a história de Gal Costa, que será vivida por Sophie Chalotte. Com direção de Dandara Ferreira e Lô Politii, o elenco conta também com as interpretações de Dan Ferreira (Gilberto Gil), Camila Márdila (Dedé Gadelha), George Sauma (Waly Salomão), Luis Lobianco (Guilherme Araújo), entre outros.
Rodrigo contou que sua paixão pela arte de atuar surgiu desde os tempos de colégio, onde participava de peças criadas por sua professora. Nascido em Brumado, e baiano assim como Caetano, o ator acredita que o fato de uma pessoa da Bahia viver o cantor nas telonas é muito significativo. “Esse paralelo é bem interessante, que assim como eu ele [Caetano] veio de um interior, e assim como eu, ele também veio do Vila Velha. Acredito que isso tem a ver com o destino”, ressaltou o artista.
Nascido e criado no interior, Rodrigo se encontrou nas artes do teatro ao fazer o curso livre de atuação do Teatro Vila Velha, em Salvador. Lelis revelou que foi nesse curso que ele teve experiências em diversos setores do teatro, como gestão, técnica, bastidores, além da interpretação. Foi nesse ambiente que Rodrigo se encontrou como ator e que ele também se viu como comunicador, e agora está cursando seu último ano de graduação em publicidade e propaganda.
A Câmara dos Deputados aprovou, nesta quinta-feira (24), o projeto de lei do Senado, conhecido como Lei Paulo Gustavo, que direciona R$ 3,86 bilhões do superávit financeiro do Fundo Nacional de Cultura (FNC) a estados e municípios para fomento de atividades e produtos culturais, em razão dos efeitos econômicos e sociais da pandemia de Covid-19.
Devido às alterações no projeto, a proposta será reanalisada pelo Senado. A proposta vai dar apoio aos produtores culturais com recurso da União aos estados e municípios. Os recursos são todos de fundos financiados pelo próprio setor cultural e que, atualmente, estão contingenciados pelo governo.
A execução descentralizada dos recursos repassados poderá ser feita até 31 de dezembro de 2022, mas se houver algum impedimento em razão de ser ano eleitoral, o prazo será automaticamente prorrogado pelo mesmo período no qual não foi possível usar o dinheiro.
Mais de 400 artistas assinaram um manifesto contra a liberação do uso de músicas famosas sem autorização em paródias para campanhas políticas. Assinam o documento nomes como Roberto Carlos, Erasmo Carlos, Milton Nascimento, Gilberto Gil, Marisa Monte, Adriana Calcanhoto, Carlinhos Brown, Lulu Santos, Zeca Pagodinho, Rita Lee e Emicida.
Segundo o Globo, a mobilização foi motivada por um recurso pendente que será julgado no STJ, na quarta-feira. O tribunal irá decidir se o uso alterado de canções em programas políticos deve ser considerado uma paródia e isento de autorização e pagamento de direitos autorais.
A questão é discutida na ação que Roberto Carlos abriu contra Tiririca pelo uso da música “O Portão” na campanha de 2014. O deputado criou uma versão própria, com o seguinte refrão: “Eu votei, de novo vou votar, Tiririca, Brasília é o seu lugar”.
O Centro Cultural Camillo de Jesus Lima, em Vitória da Conquista, recebe nesta quinta-feira (27), a exposição “Sertão Colorido Quanto Preto e Branco”, do artista plástico Silvio Jessé. As obras ficarão expostas até o dia 12 de março e tem acesso gratuito.
O trabalho faz um recorte da vasta obra do fotógrafo Evandro Teixeira, sob curadoria da professora e pesquisadora Ester Figueiredo e do artista plástico Edmilson Santana. Jessé interpreta as imagens da infância nas fotografias de Evandro Teixeira em 31 telas e três painéis, cada cena integra um elemento singular da infância no cotidiano do sertão, mas preserva o caráter obrigatório da autonomia artística de cada criador de sua obra, permitindo ao público interpretar a fotografia e o quadro em si, nesse fluxo interpretativo, recompor sentidos.
Evandro Teixeira Almeida começou a carreira jornalística em 1958, no Diário da Noite, na cidade do Rio de Janeiro, na qual se radica e vive desde então.
O Dia de Reis, segundo a tradição cristã, seria aquele em que Jesus Cristo recém-nascido recebera a visita de “alguns magos do oriente” (Mateus 2:1) que, segundo o hagiológio, foram três Reis Magos, e que ocorrera no dia 6 de janeiro. A noite do dia 5 de janeiro e madrugada do dia 6 é conhecida como “Noite de Reis”.
A data marca, para os católicos, o dia para a veneração aos Reis Magos, que a tradição surgida no século VIII converteu nos santos Bechior, Gaspar e Baltazar. Nesta data, ainda, encerram-se para os católicos os festejos natalícios – sendo o dia em que são desarmados os presépios e por conseguinte são retirados todos os enfeites natalícios.
No Brasil, geminado culturalmente com Portugal, esta tradição tem muito do que se faz no velho país. A festa é comemorada com doces e comidas típicas das regiões. Há ainda festivais com as Companhias de Reis (grupo de músicos e dançarinos) que cantam músicas referentes ao evento, as conhecidas festas da Folias de Reis.
Em Brumado ainda existe alguns grupos de Ternos de Reis na zona rural que se apresentam nas residências das famílias na cidade que montam presépios e valorizam a histórica cultura popular. Ainda no mandato do prefeito Aguiberto, aconteceu um encontro de reis na Praça Zeca Leite, que foi sumariamente cortado pelo atual prefeito Eduardo Vasconcelos, extinguindo a secretaria de cultura do município,
As Matrizes Tradicionais do Forró foram reconhecidas como Patrimônio Cultural do Brasil, nesta quinta-feira (09), após reunião extraordinária do Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural, órgão vinculado ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). A proposta teve apoio de 423 forrozeiros de todo país, por meio de abaixo-assinado.
O ministro do Turismo, Gilson Machado Neto, comemorou a decisão. “Eu, como nordestino e sanfoneiro, fico muito honrado em ver o reconhecimento das matrizes tradicionais do forró como patrimônio cultural do Brasil. Este título é mais do que necessário para a nossa cultura e, também, para o turismo nacional. Um ritmo que encanta e leva alegria a milhares de pessoas mundo afora não poderia ficar de fora dessa seleta lista. Parabéns a todos os forrozeiros!”.
Segundo o parecer técnico de 2021 do Departamento de Patrimônio Imaterial do Iphan, “a noção de ‘matrizes’ serve para destacar práticas que, estando vivas e em plena vigência, inspiram continuamente forrozeiros e músicos contemporâneos de diversas outras filiações”.
A solicitação de Registro foi apresentada em 2011 pela Associação Balaio do Nordeste e pelo Fórum Forró de Raiz da Paraíba, recebendo o endosso da superintendência do Iphan do estado.
As matrizes tradicionais do forró podem se tornar patrimônio cultural do Brasil nesta quinta-feira (09). A decisão ocorrerá na 99ª reunião do Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural, que será transmitida pelo canal do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) no You Tube.
O pedido de registro para tornar o forró patrimônio cultural foi feito em 2011 pela Associação Cultural Balaio do Nordeste, do estado da Paraíba. Nos últimos dez anos, em parceria com comunidades detentoras, foi realizada a descrição detalhada das matrizes tradicionais com registro documental e audiovisual.
Conselho
O Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural é formado por representantes de instituições públicas, privadas e da sociedade civil. A coordenação fica a cargo da presidente do Iphan, Larissa Peixoto.
O conselho deve examinar, apreciar e decidir sobre questões relacionadas a tombamento e rerratificação de tombamento de bens culturais de natureza material, assim como registro e reavaliação de registro de bens culturais de natureza imaterial. O órgão também é responsável por decidir sobre a saída temporária do país de bens acautelados pela União, além de outras questões relativas ao patrimônio cultural.
Viola de cocho
Na mesma reunião será avaliada a revalidação do reconhecimento de patrimônio cultural do Modo de Fazer Viola de Cocho, típica de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, e da Cachoeira de Iauaretê, lugar sagrado dos povos indígenas dos rios Uaupés e Papuri, no Amazonas.
Para a revalidação, as comunidades detentoras dos bens culturais colaboraram com pareceres, e os documentos passaram por consulta pública para ampla contribuição da sociedade.
“Em regra, a revalidação de bens culturais deve ser realizada pelo menos a cada dez anos. A iniciativa tem como finalidade atualizar informações sobre o bem cultural, avaliar a efetividade das ações de apoio e fomento, conhecer mudanças nos sentidos e significados atribuídos ao bem, entre outras questões que contribuem para a continuidade da salvaguarda desses patrimônios”, diz nota do Iphan.