A primeira promotoria de Brumado, no Sertão Produtivo, Sudeste baiano, cobrou a identificação de propriedades rurais acusadas de captação irregular de água no Rio de Contas. A medida, divulgada nesta quinta-feira (3), ocorre em meio à prorrogação de um inquérito, iniciado em 2017, que apura a conduta irregular, motivo da falta de abastecimento no distrito de Cristalândia, em Brumado.
Conforme o promotor Millen Castro, o fato veio a público após uma vereadora [Lia Teixeira] ter apontado o desabastecimento continuado no distrito. Um ano depois, em 2018, um relatório feito pela secretaria de meio ambiente local tinha identificado diversos motores elétricos ao longo do Rio de Contas. Os equipamento serviriam à irrigação irregular de plantio comercial de frutas, operados por pessoas identificadas apenas por prenomes.
O relatório também informava que a captação irregular era estimulada por não haver solicitação de licenciamento ou outorga ambiental para plantio à margem do rio. Além de endereçar pedido à secretaria de meio ambiente de Brumado, o promotor também cobrou ações do Inema [Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos].
Neste caso, Millen Castro pediu que o instituto intervenha no caso, fazendo com que as propriedades deixem de continuar a captação irregular, fato que prejudica o sistema de abastecimento de água de Brumado e de Malhada de Pedras, na mesma região.
Quem esperava curtir uma praia e muito sol no fim de semana prolongado pelo feriado de finados, terá que baixar as expectativas, pelo menos no litoral da Bahia.
Segundo o meteorologista Olívio Bahia, do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a passagem de uma frente fria pelo país irá atingir as regiões Sudeste, Centro-oeste, parte do Norte e o Nordeste do Brasil.
Na Bahia, todo o feriadão terá muita nebulosidade e pancadas de chuva, com risco de temporais. Pode chover em Salvador. A partir de domingo (1), o tempo fica fechado na capital, e Defesa Civil já informou que está com equipes em estado de alerta.
Quatro turistas suspeitos de falsificar exames de coronavírus para ter acesso à ilha de Fernando de Noronha foram presos preventivamente na noite de quinta-feira (30). Como determinado pelo governo de Pernambuco, todo visitante deve realizar o exame RT-PCR, que indica se a pessoa está com o vírus ativo no organismo, um dia antes ou no dia da viagem.
O grupo suspeito chegou à ilha em um jato particular na quarta-feira (28) e entregou o resultado de exames que teriam sido coletados em 25 de outubro. Os quatro turistas ficaram em quarentena na pousada onde se hospedaram até um novo exame ser realizado. No entanto, quando uma equipe foi ao local fazer a coleta, eles se recusaram e disseram que aguardavam um teste que teria sido feito no dia do embarque.
Na quinta, o grupo apresentou o resultado do suposto exame, contudo, as datas no documento não batiam. A Superintendência de Saúde da ilha decidiu entrar em contato com Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde do Tocantins, onde os testes foram realizados, mas a equipe informou que a data da coleta havia sido adulterada.
Com a informação, o promotor do Ministério Público de Pernambuco (MP-PE) pediu as prisões preventivas dos dois homens e das duas mulheres. O pedido foi acatado pelo juiz André Carneiro de Albuquerque Santana. De acordo com a Polícia Civil, a Polícia Militar “está apoiando na custódia dos presos”. O grupo será submetido a um novo exame RT-PCR para saber se está contaminado ou não.
Com 60% do nível máximo, a barragem de Sobradinho, no serão do São Francisco, tem sua vazão reduzida desde a última quarta-feira (21). A informação é do portal G1. Segundo dados que constam no site da Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf), responsável pela manutenção e operação do reservatório, no momento a vazão passou a ser de cerca de 800 metros cúbicos por segundo.
O nível máximo da barragem vem diminuindo. Com os 60% verificados atualmente, o índice está abaixo dos 90% do volume máximo apresentados em abril deste ano, fato que não ocorria há 10 anos.
De acordo com a reportagem, entre 18 e 20 de outubro, a vazão da barragem oscilou entre 1708 m3/s e 1344 m3/s. A redução foi indicada pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). O objetivo da iniciativa é poupar a água do reservatório.
Conforme o Sindicatos dos Trabalhadores Rurais de Sobradinho informou, a diminuição na vazão não afetou os produtores que captam água do Rio São Francisco, mas trata com preocupação o momento, visto que há sinais de estiagem. Sobradinho, segundo a Chesf, é o maior reservatório de água do Nordeste, sendo responsável por cerca de 60% da água destinada à produção de energia da região.
O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) determinou que as brigadas de incêndios florestais interrompam, a partir da meia meia-noite desta quinta (22), os trabalhos em todo o país.
Segundo O Globo, em um segundo documento, desta quinta, o Ibama cita em “indisponibilidade financeira” para fechar o mês de outubro para justificar a decisão. O órgão contabiliza R$ 19 milhões de pagamentos atrasados, o que afeta todas as diretorias e ações do instituto, inclusive, as de prevenção ao incêndio.
O ofício foi assinado pelo chefe do Centro Especializado Prevfogo/Dipro, Ricardo Vianna Barreto, e foi elaborado em meio as queimadas recordes no Pantanal e na Amazônia em 2020.
Pelo menos, 138 tartarugas foram encontradas mortas no Sul baiano entre janeiro e o último sábado (03). Segundo o projeto (A)mar, via G1, o número é 12% maior do que o registrado no mesmo período do ano passado. Só na última semana morreram seis tartarugas da espécie oliva. Várias espécies de tartarugas costumam se reproduzir no período que vai de outubro a abril de 2021, o que alerta para a gravidade da situação.
Na sexta-feira (02), em Ilhéus, uma fêmea adulta reprodutora, que media 1 metro e 8 centímetros, da espécie oliva, foi encontrada morta na zona sul de Ilhéus. A causa da morte não foi ainda esclarecida devido ao corpo do animal estar em estado avançado de decomposição.
De acordo com o veterinário do projeto (A)mar, Wellington Laudano, a maioria dos encalhes ocorre por conta de redes de pesca, principalmente as que são descartas no mar por pescadores.
Uma área de vegetação de pelo menos 90 hectares foi destruída durante um incêndio no distrito de Estrada Velha de Mutans, na cidade de Guanambi, no sudoeste da Bahia. As chamas foram iniciadas no domingo (27) e brigada voluntária conseguiu controlar o fogo por volta das 18h.
Este incêndio foi considerado o de maior proporção no município no mês de setembro. Apesar do susto, não há registro de feridos. Ainda não há detalhes de como o fogo foi iniciado. Moradores e fazendeiros também ajudaram a apagar as chamas.
Imagens de satélite mostraram que a Bahia registrou, entre a última sexta-feira (25) e o domingo (27), mais 159 focos de incêndio. As informações foram divulgadas pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE).
O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, aprovou o fim de duas resoluções que integravam as áreas de proteção permanente (APPs) de manguezais e restingas do Brasil. A decisão foi tomada nesta segunda-feira (28). O governo federal alegou, no entanto, que as resoluções 302 e 303 foram revogadas por já serem abarcadas por leis que foram criadas depois.
Segundo informações do UOL, outra uma resolução que exigia o licenciamento ambiental para projetos de irrigação também foi revogada pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), presidido pelo ministro. A pasta ainda aprovou uma regra que permite a queima de embalagens e restos de agrotóxicos em fornos industriais.
Para se esquivar das críticas em relação às crescentes queimadas no Pantanal e na Amazônia, o governo federal publicou uma informação no último sábado (26), no Twitter. No post, a Secretaria de Comunicação (Secom) noticiou que a área queimada no país é a menor dos últimos 18 anos.
“Mesmo com os focos de incêndio que acometem o Pantanal e outros biomas brasileiros, a área queimada em todo o território nacional é a menor dos últimos 18 anos. Dados do Inpe [Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais] revelam que 2007 foi o ano em que o Brasil mais sofreu com as queimadas”, publicou a pasta.
De acordo com a Folha de S. Paulo, a Secom comparou dados de oito meses deste ano com estatísticas fechadas de 12 meses dos anos anteriores. Procurada pela reportagem, a secretaria disse que “expôs os dados que estão à disposição, sem ocultar nada” e que “o que passa disso é ilação falaciosa do jornal”.
Entre janeiro e agosto de deste ano, de acordo com dados públicos disponibilizados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), houve registro de 121.318 km² em todo o Brasil. Este dado é utilizado pela Secom. A pasta, no entanto, usa para 2019 o dado de 318.389 km² que queimaram durante todos os 12 meses do ano passado. Ainda assim, o ano passado, primeiro da gestão Bolsonaro, segue com mais queimadas do que 2020.
Porém, fazendo a comparação entre os mesmos períodos de 2003 a 2020, o governo teria que informar que 2020 teve mais área queimada que os anos de 2008, 2009, 2011, 2013, 2014, 2015, 2017 e 2018.
Lideranças indígenas denunciaram o governo de Jair Bolsonaro na Organização das Nações Unidas (ONU) por descaso no combate ao novo coronavírus. Representantes dos Yanomami participaram da sessão anual do Conselho de Direitos Humanos da entidade, na última sexta-feira (25).
De acordo com informações da TV Globo, os líderes yanomamis afirmaram que o governo federal tem falhado no envio de insumos e profissionais de saúde para a terra indígena, onde só é possível chegar de avião.
“O governo expressa discursos que incentivam a exploração ilegal do ouro em terras indígenas da Amazônia e que intensificam as ameaças contra nós”, disse um líder à reportagem.
O Ministério da Saúde afirmou que já apresentou a gestores e colaboradores da saúde indígenas vários documentos com orientações técnicas sobre a Covid-19, bem como enviou equipamentos de proteção individual, instalou 200 unidades de atenção primária em aldeias.
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