Organizações ambientalistas assinaram um abaixo-assinado pelo afastamento do ministro Ricardo Salles, do Meio Ambiente. A iniciativa reforça o pedido feito pelo Ministério Público Federal.
O órgão solicitou em caráter liminar o afastamento e condenação do auxiliar de Jair Bolsonaro, nas penas previstas em lei, por improbidade administrativa. Isso inclui não só a perda de função pública, como também suspensão de direitos políticos.
O abaixo-assinado lançado nesta quarta-feira (8) é promovido pela ClimaInfo, Engajamundo, Greenpeace, Observatório do Clima e PimpMyCarroça, e é direcionado ao juiz Márcio de França Moreira, juiz responsável por julgar o afastamento do ministro. O documento está hospedado no site tchausalles.org, e permite que o cidadão envie um e-mail diretamente para o juiz.
A política ambiental adotada pelo governo Jair Bolsonaro é criticada também por empresários. Nesta semana, um grupo com cerca de 40 entidades protocolou na Vice-Presidência da República pedido de adoção de iniciativas para proteger a floresta Amazônica.
Em junho, Salles foi denunciado na Justiça Federal por omissão de informações sobre áreas embargadas por crimes ambientais. Também são alvo da ação o presidente do Ibama, Eduardo Bim, e a União.
O Comitê Nacional pela Vida e Memória Indígena registrou aumento de 550% no número de óbitos de indígenas por causa do novo coronavírus. O balanço considera o período compreendido entre o final de abril e o início de junho.
Segundo a entidade, saltou de 28 para 182 o total de mortes registradas. O grupo ainda estima que 1.868 pessoas estejam infectadas – a baixa testagem não permite certeza sobre o número.
“Os números mostram a realidade que acompanhamos diariamente. Nós somos os mais atingidos por esse vírus. São muitos os fatores que nos colocam em risco, mas a negligência do governo é a que mais pesa em nossa sobrevivência”, avalia a diretora executiva da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib).
De acordo com boletim divulgado pelo Comitê Nacional pela Vida e Memória Indígena, a Covid-19 atingiu 78 povos em 20 estados. A taxa de letalidade entre os povos indígenas é de 9,7%, enquanto a da população em geral é de 5,7%. Os povos da região amazônica são os mais castigados
O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, assinou a revogação de despacho que regularizava invasões até 2008 na mata atlântica. O ato foi formalizado na quarta-feira (03), informa o jornal Folha de S. Paulo.
A iniciativa, que era vinculada a parecer da AGU (Advocacia-Geral da União) e aplicava o Código Florestal, permitia, na prática, que fossem cancelados autos de infração ambientais.
Em entrevista à Folha, o ministro disse que invalidou o despacho e que o governo decidiu ingressar com uma ADC (Ação Direta de Constitucionalidade) no STF (Supremo Tribunal Federal), tentando assim evitar questionamentos jurídicos. Nas últimas semanas, a decisão foi contestada por entidades ambientais e o Ministério Público Federal solicitou inclusive a sua anulação.
Na conversa com a Folha, o ministro reconheceu a dificuldade em reduzir o desmatamento da floresta amazônica neste ano, mas disse acreditar que a perspectiva é positiva para 2021. Ele minimizou licitação de R$ 1 milhão para a locação de carros blindados. “Todos os ministérios têm carro blindado. Um ministro de Estado andar de carro blindado é um caso de marajá?”, questionou.
O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), subordinado ao Ministério do Meio Ambiente, publicou portaria que extingue a base do Projeto Tamar em Camaçari. Outras duas unidades, uma em Parnamirim (RN) e outra em Pirambu (SE), também deixam de existir.
De acordo com informações da coluna de Guilherme Amado, da Época, a portaria determina ainda que bases avançadas de outros centros de pesquisa e conservação também sejam desativadas. Só permanecerão em funcionamento aquelas que forem comprovadamente necessárias.
A comprovação de necessidade deve se dar por meio de projetos de pesquisa ou conservação, bem como planos de trabalho. Todos deverão ser aprovados pela Diretoria de Pesquisa, Avaliação e Monitoramento da Biodiversidade do ICMBio.
Por outro lado, o ICMBio formalizou também a criação de uma nova base avançada do Tamar em Salvador.
Nos últimos anos, os trechos do Rio São Francisco em Juazeiro eram tomados por bancos de areias. Porém, esse cenário mudou. O volume de água voltou a subir, após a Hidrelétrica de Sobradinho atingir 83,53% de sua capacidade, o que não acontece desde 2012.
Na última quinta-feira (9), a Hidrelétrica de Sobradinho começou a liberar 1.400 m3/s de água do Rio São Francisco. Com isso, cartões postais de Juazeiro como as ilhas do Rodeadouro e do Fogo “desapareceram”.
Outro cartão postal de Juazeiro, o “Nego D’água”, monumento que nos últimos anos ficou na areia, devido à seca do rio, voltou ao seu lugar de origem e agora se encontra dentro do Velho Chico.
A previsão da Chesf é que o volume útil do Reservatório de Sobradinho chegue a 100% de sua capacidade no fim de maio.
Esta data foi criada com o objetivo de alertar a população internacional sobre a importância da preservação da água para a sobrevivência de todos os ecossistemas do planeta.
Para isso, todos os anos o Dia Mundial da Água aborda um tema específico sobre este mineral de extrema e absoluta importância para a existência da vida.
A conscientização sobre a urgência da economia deste recurso natural é uma das principais metas desse dia.
A água limpa e potável é um direito humano garantido por lei desde 2010, de acordo com a Organização das Nações Unidas – ONU.
Origem do Dia Mundial da Água
O Dia Mundial da Água foi instituído pela Organização das Nações Unidas – ONU, através da resolução A/RES/47/193 de 21 de fevereiro de 1992, determinando que o dia 22 de março fosse à data oficial para comemorar e realizar atividades de reflexão sobre o significado da água para a vida na Terra.
O Rio São Francisco já registra a maior cheia dos últimos 12 anos na cidade de Bom Jesus da Lapa com a marca de 7,74 metros acima do normal no final da tarde desta terça-feira(10). O aumento do nível do rio deixa as autoridade e ribeirinhos da região em estado de alerta, já que a previsão é que a água continue aumentando.
A última grande cheia registrada na região foi em 2007, quando o nível do rio ultrapassou a cota de 9 metros. De acordo o último boletim divulgado pelo Serviço Geológico do Brasil (CPRM), no dia 7 de março, o rio São Francisco pode atingir o seu maior pico na cidade de Bom Jesus da Lapa na quinta-feira(12).
No início de fevereiro, após as chuvas intensas da região central de Minas Gerais, o nível do rio chegou a 7,33 metros na cidade. Desta vez, a cheia foi causada pela abertura das comportas da Usina Hidroelétrica de Três Marias, iniciada no dia 28 de fevereiro e aumentada no último dia (05).
Neste último fim de semana, após a diminuição das chuvas nas cabeceiras, a vazão de chegada à hidroelétrica ficou controlada, com armazenamento de 96% do volume útil. Já na segunda-feira, a Cemig decidiu diminuir defluência da barragem, passando de 2.000 m³/s para cerca de 1.500 m³/s.
Depois de vários dias de intenso calor a chuva tão esperada pelos brumadenses, principalmente para o homem do campo, começou a cair no município na madrugada desta quinta-feira (05) por volta das 2h.
Segundo a Seagri (Secretaria da Agricultura, Pecuária, Irrigação, Pesca e Agricultura da Bahia) são esperados mais de 250mm de chuvas para Brumado e região para os próximos dias. A previsão é de dias chuvosos até domingo, podendo se estender ate o final do mês.
A Marinha informou nesta segunda (02) que o navio Stellar Banner, que está encalhado há uma semana no litoral do Maranhão, está estável e não apresenta vazamento de óleo nem de minério. Sua dona, a sul-coreana Polaris Shipping, disse que quer acelerar o processo de retirada do óleo dos tanques.
A embarcação é contratada pela Vale e foi levada a encalhe por seu comandante para evitar o naufrágio devido a avarias no casco na última segunda (24), quando estava a caminho da China. Ele carrega em seus tanques 3,6 mil toneladas de óleo e 295 mil toneladas de minério de ferro.
Nesta segunda, mergulhadores contratados pela Polaris iniciaram a avaliação dos danos, mas o resultado do trabalho não foi divulgado. Eles tentaram mergulhar no domingo (1º), mas a missão foi interrompida por questões de segurança devido à forte correnteza.
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O mérito é todo do Paraná: o Estado será o primeiro do Brasil a colocar em funcionamento uma usina de geração de biogás, que transformará lodo de esgoto e resíduos orgânicos em eletricidade para abastecer as casas da região.
A companhia de geração de energia CS Bioenergia já possui a Licença de Operação do Instituto Ambiental do Paraná para operar. Segundo a empresa, a usina tem capacidade para produzir 2,8 megawatts de eletricidade por meio de lixo, que abastecerá cerca de duas mil residências do Estado.
A matéria-prima para geração de energia virá de estações de tratamento de esgoto e de concessionárias de coleta de resíduos e produzirá biogás e também biofertilizantes para a região. Estima-se que com a iniciativa o Estado do Paraná deixe de descartar, todos os dias, mil m³ de lodo de esgoto e 300 toneladas de lixo orgânico em aterros. É ou não é um excelente negócio?
A inspiração vem da Europa (e sobretudo da Alemanha!), onde já existem mais de 14 mil plantas de geração de eletricidade por meio de resíduos orgânicos. Esta será a primeira usina do tipo no Brasil, mas espera-se que seja só o começo e que inspire muitas outras pelo país.