O balanço do Instituto do Meio-Ambiente e Recursos Hídricos (Inema) apontou 17 praias impróprias para banho neste fim de semana (01 e 02). A lista indica praias na capital baiana, da Baía de Todos-os-Santos e da Costa do Cacau.
O Inema recomenda aos usuários das praias que ao observarem presença de óleo evitem fazer a utilização das mesmas e não toquem, nem removam os resíduos encontrados.
Ações de limpeza estão sendo realizadas em todas as praias atingidas. Caso encontre um animal com vestígios da substância, não toque e não devolva para o mar. Ligue para as autoridades competentes. O Inema segue acompanhando e mapeando as áreas atingidas para contribuir com as ações do Comando Unificado de Acidentes.
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O Ibama renovou, nesta semana, a Licença de Operação da Unidade de Concentração de Urânio das Indústrias Nucleares do Brasil (INB), no município de Caetité, na Bahia, até o ano de 2026. Segundo a estatal nuclear, esse era o último passo necessário para o retorno da extração de urânio no Brasil a fim de abastecer suas duas centrais nucleares.
As atividades de mineração de urânio foi paralisada entre 2014 e 2015, depois que a parte do céu aberto da mina de Cachoeira se exauriu e foi solicitado o licenciamento para a parte subterrânea da mina. A empresa aguarda também a licença para Santa Quitéria, no Ceará.
Segundo o INB, a opção foi pela lavra a céu aberto da mina do Engenho, no mesmo local. Além disso, a licença também abrange a planta de beneficiamento do minério. Segundo fonte do Estadão, este ano serão produzidos 250 toneladas de urânio e, no ano que vem, o Brasil deve atingir as 400 toneladas necessárias para suprir as usinas nucleares Angra 1 e Angra 3.
A unidade do INB ocupa uma área de 1.700 hectares e fica localizada em uma província mineral com recursos que chegam a 99,1 mil toneladas de urânio, sendo identificados 17 depósitos minerais. De 2000 a 2015, a INB Caetité produziu 3.750 toneladas de concentrado de urânio a partir da extração a céu aberto em Cachoeira.
O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, revelou que pretende criar uma Secretaria da Amazônia dentro da pasta. O novo órgão, que terá sede em Manaus, deve ser implantado já no mês de fevereiro.
Segundo o Valor Econômico, entre as atribuições da secretaria, estão cuidar da “bioeconomia”, do ecoturismo e da implementação de outros pontos da agenda do ministro, a exemplo do “pagamento por serviços ambientais” a proprietários de terra e a exploração econômica da Amazônia.
A ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva (Rede Sustentabilidade) voltou a criticar a política ambiental do presidente Jair Bolsonaro.
Em entrevista ao jornal O Globo, ela acusa Bolsonaro de ser “inconscientemente incompetente” sobre assuntos como direitos humanos e meio ambiente, diz que o governo premia grileiros que roubam terras públicas na Amazônia e que, se a atual agenda ambiental for mantida, o Brasil terá dificuldades em ratificar seu acordo comercial com a União Europeia.
Ela também se diz pessimista em relação à agenda ambiental oficial em 2020. Marina voltou aos holofotes em maio do ano passado, quando, junto a outros ex-ministros do Meio Ambiente, denunciou o desmantelamento da pasta.
O grupo também pediu a moratória de projetos de lei que incentivassem o desmatamento na Amazônia. E, em dezembro, Marina partiu para a Conferência do Clima (COP-25), em Madri, onde foi questionada por diplomatas estrangeiros sobre o atual rumo do governo brasileiro. Para ela, a delegação brasileira teve um desempenho “vergonhoso”.
A balneabilidade das praias brasileiras registrou piora pelo segundo ano consecutivo. Levantamento do jornal Folha de S.Paulo aponta que 33% dos 1.287 pontos de medição da qualidade da água no litoral brasileiro forma considerados ruins ou péssimos, ou seja, ficaram impróprios em mais de 25% das medições entre novembro de 2018 e outubro de 1019. Este percentual era de 32% em 2018 e 27% em 2017.
O Nordeste foi a região que mais puxou a piora, a despeito da medição analisar apenas a presença de coliformes fecais e não ter interferência do óleo que chegou à costa da região no segundo semestre. A Folha de S.Paulo seguiu normas federais no levantamento. Um trecho é considerado próprio se não tiver registrado mais de 1.000 coliformes fecais para cada 100 ml de água na semana de análise e nas quatro anteriores.
Para a avaliação anual, foi adotado o método da Cetesb (órgão ambiental de SP), que classifica as praias a partir dos testes semanais. Nos dois extremos estão as boas, próprias em todas as medições, e as péssimas, impróprias em mais da metade das medições. Foram apurados dados das praias de 14 estados no período de 12 meses. Amapá e Piauí ficaram de fora porque não medem a qualidade da água, e o Pará não informou dados.
O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) apresentou na Câmara dos Deputados uma nova hipótese para a origem do óleo que atingiu o litoral do Nordeste e do Norte. O óleo teria vindo do mar da África, por cerca de 4.000 km, trazido pelas correntes marinhas por baixo da superfície. A hipótese surgiu a partir de um estudo realizado em novembro.
“A gente tem uma hipótese principal de que esse derrame aconteceu a partir de abril deste ano e as manchas só chegaram ao país, em superfície, de maneira difícil de ser detectada através de imagens de satélite, em setembro deste ano”, disse o oceanógrafo Ronald Buss de Souza, pesquisador titular do Inpe que também atua na administração do órgão como chefe de gabinete.
Souza falou na CPI do Derramamento de Óleo no Nordeste, onde exibiu um vídeo de uma simulação de como uma suposta mancha teria saído do mar perto da África, em abril, e atingido as costas do Norte e do Nordeste em setembro.
“A mancha de óleo teve uma origem longe e fora da costa [brasileira]”, afirmou. “O óleo que chegou na costa brasileira não veio pela superfície do mar, mas, sim, veio em subsuperfície. De maneira nenhuma foi detectado por nenhuma imagem de satélite nesses últimos três meses, [imagens] que estão sendo analisadas diariamente dentro do nosso instituto.”
A hipótese é diferente da linha de investigação divulgada pela Marinha e pela Polícia Federal no início de novembro, quando o navio Bouboulina, da empresa grega Delta Tankers, foi apontado como principal suspeito. Souza integra o GAA (Grupo de Acompanhamento e Avaliação), instituído pela Marinha por causa da crise do óleo.
A concentração dos principais gases do efeito estufa na atmosfera alcançou um recorde em 2018, anunciou nesta segunda-feira (25) a Organização Meteorológica Mundial (OMM), ligada à Organização das Nações Unidas (ONU).
Segundo os cientistas, o dióxido de carbono (CO2), que está associado às atividades humanas e é o principal gás causador do efeito estufa que permanece na atmosfera, bateu um novo recorde de concentração em 2018, de 407,8 partes por milhão (ppm). Ou seja, nível 147% maior que o pré-industrial de 1750, de acordo com o G1.
“Cabe recordar que a última vez que a Terra registrou uma concentração de CO2 comparável foi entre 3 e 5 milhões de anos atrás. Na época, a temperatura era de 2 a 3 °C mais quente e o nível do mar era entre 10 e 20 metros superior ao atual”, afirmou o secretário-geral OMM, Petteri Taalas, em comunicado, por ocasião da publicação do boletim anual sobre concentrações de gases do efeito estufa.
A agência também afirmou que “não há indícios de desaceleração visíveis” nas emissões dos gases que são os principais causadores das mudanças climáticas.
O documento não leva em consideração as quantidades de gases do efeito estufa emitidas na atmosfera, mas sim as que permanecem nela, já que os oceanos absorvem quase 25% das emissões totais – assim como a biosfera, à qual pertencem as florestas.
O alerta foi divulgado poucos dias antes do início da reunião anual da ONU sobre a luta contra a mudança climática, a COP25, que ocorre de 2 a 13 de dezembro, em Madri
Brumado voltou a chover após dias de intenso calor, a chover chegou acompanhada de trovoadas e muitos relâmpagos na noite deste sábado (16). A chuva de vento forte assustou os moradores do município, que ficaram apreensivos com o fenômeno.
A cidade ficou sem energia, telefonia e internet em vários pontos da cidade, os raios e trovões deixaram a população com medo. De acordo com o Clima Tempo, a temperatura tem mínima de 20° e máxima de 35°, e a chuva deve continuar nestes próximos dias.
Uma tartaruga foi encontrada morta e com manchas de óleo no corpo, na manhã desta sexta-feira (15), em Ilhéus, no sul da Bahia. Segundo o G1, o animal foi encontrado por um pescador.
De acordo com a publicação, enquanto pescava camarão, o homem acabou achando o animal morto na rede, com pelotas da substância na cabeça e no casco. Os camarões também estavam sujos com as manchas.
Conforme a publicação, ele levou os animais para a praia da Barra de Itaípe, mas a tartaruga foi levada pela Polícia Ambiental.
Uma baleia da espécie cachalote foi encontrada morta em uma praia do município de Prado, no extremo sul da Bahia, nesta quinta-feira (14). Segundo a coordenação do Projeto Baleia Jubarte, o animal morreu há dois dias após ter ficado preso nos recifes de Itacolomis, em Corumbau, chegando à praia de Prado nesta quinta-feira.
Ainda não há dados específicos do tamanho do animal, mas ele tem entre 15 e 20 metros e deve pesar de 30 a 40 toneladas.
Uma equipe do Instituto Baleia Jubarte foi encaminhada ao local para avaliação da baleia. Testemunhas informaram às equipes que o animal estaria sujo de óleo. De acordo com o Instituto, a informação até então não procede, mas a equipe segue na análise do animal.
O instituto informou que a baleia cachalote frequenta águas profundas e apesar de raro, não é o primeiro registro de encalhe na região sul.