O Governo Federal exonerou 550 servidores públicos por envolvimento em atividades ilícitas em 2016. O número é o maior dos últimos 14 anos, desde quando foi iniciada a série histórica, em 2003. Nesse período, já foram expulsos 6.209 agentes da União. Do total registrado em 2016, foram registradas 445 exonerações de servidores efetivos, 65 cassações de aposentadorias (recorde no comparativo dos últimos seis meses) e 40 destituições de ocupantes de cargos em comissão. A causa mais frequente de demissões foi a prática de atos relacionados à corrupção, com aplicação de pena em 343 casos (65,3% do total). O abandono de cargo, inassiduidade ou acumulação de cargos dividem o segundo lugar nas causas de demissões, com 158 casos (24,4%). Proceder de forma desidiosa e participação em gerência ou administração de sociedade privada também estão inclusas. Os dados não abrangem os empregados de empresas estatais, como Caixa, Correios e Petrobras. Os servidores apenas ficam inelegíveis por oito anos, podendo também ficar impedidos de voltar a exercer cargo público, dependendo da infração. Em todos os casos, as condutas irregulares ficaram comprovadas após condução de Processo Administrativo Disciplinar (PAD).